Política
Publicado em 18/08/2021, às 08h09 Redação BNews
A CPI da Pandemia volta a se reunir nesta quarta-feira (18) para ouvir Túlio Silveira, advogado da Precisa Medicamentos, empresa que representava o laboratório Bharat Biotech e intermediou a venda da vacina Covaxin para o Ministério da Saúde.
Os parlamentares apuram indícios de que Silveira tinha acesso a informações privilegiadas na pasta e participou da suposta falsificação de documentos por parte da empresa. A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber autorizou o defensor a ficar em silêncio quando for perguntado sobre fatos que possam incriminá-lo.
Quanto ao restante, está obrigado a dizer a verdade. Weeber também negou o pedido da defesa para que ele pudesse faltar à sessão. Já na próxima quinta-feira (19), a comissão deve receber Francisco Maximiano, dono da Precisa.
Em julho, o laboratório Bharat Biotech, desenvolvedor da Covaxin, anunciou o rompimento com a Precisa, alegando que dois documentos entregues pela empresa brasileira ao Ministério da Saúde continham dados falsos e suspeitos.
Um deles era a versão em português da carta de autorização para a Precisa atuar em nome da Bharat. As informações são do jornal O Globo. A empresa brasileira nega ter falsificado o documento e atribui sua elaboração à Envixia Pharmaceuticals, outra empresa parceira da Bharat com sede nos Emirados Árabes Unidos.
O imunizante indiano foi o mais caro a ter contrato firmado com o Ministério da Saúde, ao custo de US$ 15 a dose. O requerimento de convocação de Silveira foi apresentado pelo senador Alessandro Vieira (Cidadania) e aprovado pelo colegiado em 30 de junho.
No último dia 10 de junho, a CPI já tinha determinado a quebra dos sigilos telefônico e telemático de Silveira. O requerimento também foi apresentado por Vieira. A oitiva com o advogado da Precisa Medicamentos está marcada para começar às 9h30, com transmissão ao vivo pelo YouTube:
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