Política

Bolsonaro bloqueia 176 perfis em redes sociais, aponta relatório de ONG

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Relatório publicado pela Human Rights Watch (HRW) nesta quinta (19) avalia que o presidente atenta contra o acesso à informação e a liberdade de expressão ao bloquear perfis de jornalistas, veículos, políticos e críticos nas redes sociais  |   Bnews - Divulgação Reprodução/Marcos Corrêa/PR

Publicado em 19/08/2021, às 08h58   Redação BNews


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Um relatório publicado pela ONG Human Rights Watch (HRW) nesta quinta-feira (19) avalia que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) atenta contra o acesso à informação e a liberdade de expressão ao bloquear perfis de jornalistas, veículos, políticos e críticos nas redes sociais. 

De acordo com informações do portal UOL, a organização identificou ao menos 176 contas bloqueadas pelo presidente em suas redes sociais - embora ele use estes canais para promover anúncios oficiais, interagir com autoridades e criticar a imprensa ou decisões contrárias aos seus interesses. 

No documento, a HRW indica que as contas bloqueadas foram justamente as que criticaram ou divulgaram notícias sensíveis ao governo. A diretora da ONG no Brasil, Maria Laura Canineu, opina que os bloqueios feitos pelo presidente são uma forma de excluir os críticos do debate público.

"Ele está tentando eliminar de suas contas pessoas e instituições que dele discordam para transformá-las em espaços onde apenas aplausos são permitidos. É parte de um esforço mais amplo para silenciar ou marginalizar os críticos", afirmou ao portal.

O levantamento aponta o bloqueio de 13 contas institucionais -  UOL, Congresso em Foco, Repórter Brasil, Aos Fatos, Diário do Centro do Mundo, O Antagonista, The Intercept Brasil, Anistia Internacional, Repórteres sem Fronteiras, Observatório do Clima e Human Rights Watch entre elas.

Contudo, a organização trabalha com a possibilidade da quantidade de bloqueios ser ainda maior, e solicitou, por meio de Lei de Acesso à Informação (LAI), a informação de  quantos perfis o presidente bloqueou no Twitter, Facebook e Instagram.

Receberam da Secretaria Especial de Comunicação Social (Secom) a resposta de que não competia a eles prestar tais informações. A HRW argumentou que os perfis são usados por Bolsonaro para anúncios oficiais, mas ainda assim teve o pedido negado.

Ao menos 400 usuários alegam terem sido bloqueados por ele, sendo 176 destes bloqueios confirmados pela ONG. Assista abaixo, vídeo publicado nas redes sociais da HRW sobre o assunto:

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