Política

Alexandre de Moraes rejeita recurso e mantém Roberto Jefferson preso preventivamente

Valter Campanato/Agência Brasil
O pedido de prisão foi feito baseado no inquérito que apura a atuação de uma milícia digital que atenta contra a democracia   |   Bnews - Divulgação Valter Campanato/Agência Brasil

Publicado em 31/08/2021, às 16h35   Redação BNews


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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, decidiu nesta terça-feira (31) manter o presidente do PTB, Roberto Jefferson, preso de forma preventiva. Moraes rejeitou um recurso apresentado pela defesa do político, que está preso no Rio de Janeiro desde 13 de agosto. 

O pedido de prisão foi feito baseado no inquérito que apura a atuação de uma milícia digital que atenta contra a democracia. De acordo com o ministro do STF, a prisão de Jefferson é necessária diante dos riscos de ele interferir nas investigações e à ordem pública.

Ainda não há provas de que o ex-deputado enfrente problemas de saúde, como apontou a defesa, disse Moraes.
A Procuradoria Geral da República (PGR) pediu que fosse concedida prisão domiciliar ao presidente do PTB, com uso de tornozeleira, mas para o ministro do STF, a prisão domiciliar seria insuficiente para cessar a conduta criminosa, já que Roberto Jefferson usa outras pessoas para divulgar suas manifestações; utiliza diversos perfis em redes sociais; e usa recursos e a estrutura do PTB.

De acordo com o Alexandre de Moraes, o ministro afirmou ainda que Jefferson só apresentou problemas de saúde após a prisão. "Em nenhum desses momentos [Jefferson] demonstrou qualquer debilidade física que o impedisse da prática de seus afazeres diários. Tais alegações somente surgiram, coincidentemente, após a decretação de sua prisão preventiva e a notícia do oferecimento da denúncia", escreveu Moraes.

Ainda segundo o ministro, não há "quaisquer provas conclusivas" sobre a condição de saúde do presidente do PTB até a data da prisão. Moraes disse ainda que Jefferson fazia atividade política "intensa", desrespeitava o isolamento social e fazia diversas visitas a gabinetes em Brasília.

"Não bastasse isso, o requerente, reiteradamente, postava em suas redes sociais vídeos atacando os Poderes da República e o Estado Democrático de Direito, sendo que, em muitas ocasiões portava armas de fogo, praticando tiro ao alvo; além de, 'didática e criminosamente' ensinar pessoas a agredir agentes públicos”, completou.

Denúncia da PGR

A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou o político por incitação ao crime, ameaça às instituições e homofobia.

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