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Presidenta da CUT-BA diz que não vai participar do ato no dia 12: "Não querem a esquerda na rua"

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Publicado em 10/09/2021, às 11h07   Luiz Felipe Fernandez


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A presidenta da Central Única dos Trabalhadores (CUT) na Bahia, Maria Madalena Firmo, a Leninha, afirmou nesta sexta-feira (10) que a entidade não vai aderir ao ato contra o governo Bolsonaro no próximo dia 12, convocado inicialmente por grupos de direita.

Em conversa com o BNews, Leninha disse que houve uma reunião da coordenação da campanha "Fora Bolsonaro" e que o assunto foi debatido também internamente, com o diretório nacional da CUT, e a orientação é de não participar das manifestações. 

A sindicalista alega que o movimento, representado em parte na figura do Movimento Brasil Livre (MBL), não buscou lideranças da esquerda para dialogar e não tem interesse em ter o segmento marchando ao lado.

"Não chamaram para dialogar e pelo cartaz que soltaram, não querem a esquerda na rua", salientou Leninha, em referência à peça veiculada pelo MBL nas redes sociais, que pedia "Fora, Bolsolula".

A pauta principal do dia 12, segundo Leninha, não é o impeachment de Jair Bolsonaro, mas sim viabilizar a tão falada "terceira via". Nomes como Ciro Gomes, do PDT, e Luiz Henrique Mandetta, do DEM, ambos cotados para a disputa à presidência em 2022, já confirmaram presença no ato em São Paulo.

Em Salvador, a organização ficou por conta de integrantes do partido Novo. O presidente do MBL na Bahia, Siqueira Costa Júnior, informou que o grupo não vai participar da manifestação, que acontecerá no Farol da Barra, e disse que vai comparecer ao ato nacional na capital paulista.

"A pauta que apresentaram é de buscar a terceira via, não tem pauta em comum conosco. Nós queremos emprego para o povo, trabalho, renda, vacina, a manutenção da democracia do país. Eles não trabalham com essa pauta, eles colocam 'nem Lula, nem Bolsonaro', não dá para acompanhar uma reivindicação dessas", pondera a líder da CUT na Bahia.

Outras centrais sindicais tentam ainda convencer a CUT a aderir às manifestações, e para isso lembram a união na época do Diretas Já (1983-1984), que colocou no mesmo lado diferentes lideranças políticas.

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