Política

Prefeitura ligou sinal vermelho

Imagem Prefeitura ligou sinal vermelho
Vereadores da base aliada avaliam a saída de Joaquim Bahia da Fazenda   |   Bnews - Divulgação

Publicado em 02/06/2012, às 14h52   Daniel Pinto (Twitter: @dspinto99)


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“Confesso que fui pego de surpresa. Soube da notícia pela imprensa. Com certeza é muito preocupante. Ele vinha fazendo um trabalho irretocável. Acho que a prefeitura vai ter que ligar o sinal vermelho”. A consideração é do vice-líder do governo na Câmara Municipal de Salvador, Dr. Pitangueira (PSD). Em conversa com a reportagem do Bocão News, ele comentou a saída de Joaquim Bahia da Secretaria da Fazenda (Sefaz). O vereador só não foi tão incisivo ao falar sobre os rumores de que o desligamento se deu em função da pressão exercida pela titular da Secretaria da Saúde, a primeira-dama Tatiana Paraíso. “São apenas ventilações dos bastidores. Não posso dizer se são verdadeiras ou falsas. Também não sei se Ruy Macedo (novo secretário) vai conseguir manter o mesmo nível de eficiência do antecessor”. 
A dúvida sobre a competência do novo colaborador não é compartilhada pelo líder da bancada no Legislativo, Téo Senna (PTC). “Joaquim Bahia deu uma contribuição muito importante para o município: equilibrou as contas, instituiu uma nova política de contenção de gastos e reduziu de R$ 500 para R$ 50 milhões a dívida da prefeitura. Entretanto, Ruy dará continuidade ao trabalho, até porque a estrutura é a mesma e ele era assessor direto do ex-secretário. Além disso, é preciso destacar o potencial da subsecretária Lisiane Guimarães”. 

Descontentamento generalizado

Ao contrário das evidências, o principal interlocutor do Thomé de Souza na Câmara acredita que não houve interferência de Tatiana Paraíso no episódio. “É uma história infundada. A primeira-dama tem se esforçado para cuidar das suas atribuições”. 

Agora, o temor é de que outros gestores não se sintam seguros em continuar na administração João Henrique após a mudança na Sefaz. “Essa conversa não chegou aos meus ouvidos. Mas, é incrível pensar num desmantelamento em função da mudança de gestor. A saída de Joaquim foi algo pontual. Certamente não há nenhum descontentamento generalizado. O que acontece é que o prefeito vai ter que se empenhar ao máximo para manter o equilíbrio fiscal. Não tem bicho de sete cabeças”, observou Laudelino Lau (PP), outro integrante da base de sustentação. 

Fotos: Gilberto Jr. e Roberto Viana/Bocão News

Classificação Indicativa: Livre

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