Política

Entre a cruz e a espada, ou melhor, entre as greves e a oposição

Imagem Entre a cruz e a espada, ou melhor, entre as greves e a oposição
Governador enfrenta a batalha das paralisações e das eleições 2012  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 02/08/2012, às 12h34   Caroline Gois (twitter: @goiscarol)



Em pleno ano de eleições, o Governo da Bahia enfrenta seu momento de crise maior. Como um efeito cascata, o ano de 2012 já começou marcado por uma greve da Polícia Militar que rendeu frutos durante 13 dias e mostrou a fragilidade da segurança pública.

Diante da primeira batalha - que teve repercussão nacional e mexeu com o equilíbrio da gestão Wagner- o governador não esperava enfrentar, tão cedo, uma outra guerra. Desta vez, o desgate da imagem do Estado já dura 112 dias e entraves revelam a dificuldade em gerir e resolver a situação. De um lado, professores pedem o aumento prometido - do outro, o Governo diz não poder ceder. No meio, as maiores vitimas  -os alunos.

E com a ibope em baixa, desde que a campanha eleitoral teve início, Wagner é alvo da oposição. Seja por não aparecer nas placas do candidato petista - Nelson Pelegrino ou mesmo, por ser o pivô da baixa popularidade que se alastra no boca-boca, perante a possibilidade do deputado federal chegar ao Thomé de Souza.

Sendo assim, o governador é jogado em uma encruzilhada. Nesta quarta-feira (1º), o colunista político Claudio Humberto publicou: Além da greve dos professores na Bahia, tira o sono do governador Jaques Wagner a possibilidade de ter de escolher entre o palanque de ACM Neto (DEM) e Mário Kertész, do PMDB de Geddel Vieira Lima.



E haja tormento e golpes a aferir. Se a paralisação na educação perdurar e se Pelegrino for jogado para o escanteio, restará ao governador se apoiar nas bases da saúde. Apesar que, hoje mesmo, o sindicato já anunciou uma possível paralisação e boicote ao atendimento na Stock Car, caso as reivindicações não sejam atendidas.

Se isto se firmar - somam-se então salas vazias, lembranças da segurança ameaçada, opositores próximos  e hospitais desassistidos. Todos os pilares que mantêm o governo em pé - caso balancem, podem fazer o mesmo desmoronar.


Publicada no dia 01 de agosto de 2012, às 23h31

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