Início de ano na Assembleia Legislativa da Bahia é também o momento de caça aos cargos administrativos e partidários. Os cargos podem render aos 63 deputados verba extra para contratar pessoal que chega a custar aos cofres públicos mais de R$ 20 milhões ao ano.Além dos recursos extras, parlamentares recebem verba de gabinete de R$ 78 mil/mês para contratar pessoal. Até agora foram preenchidas 41 dessas "vagas" entre mesa, cargos de corregedor, procurador, ouvidor, líderes e vice-líderes. Cada cargo e função com uma verba adicional para pessoal.
Há 316 efetivos na Assembleia Legislativa, mais de duas mil pessoas nomeadas diretamente por deputados e cerca de 520 Redas (comissionados), segundo dados oficiais. O percentual gasto com pessoal tem crescido anualmente.
Só em 2012, foram gastos R$ 286,9 milhçoes com pessoal, incluindo o salário dos deputados, que é de R$ 20 mil por mês. O gasto foi cerca de R$ 40 milhões a mais do que em 2011, R$ 246,2 milhões. O incremento não é acompanhado de controle pela Casa. Assessores são de livre nomeação de deputados.
O presidente da Assembleia Legislativa, Marcelo Nilo (PDT), diz que não criou as verbas adicionais. Garante que "todo parlamento tem e na Bahia não podia ser diferente". As oito cadeitas mais almejadas são as da mesa diretora - presidente, voces e secretários - que , sozinha, custa por ano mais de R$ 3 milhões só para comissionados. O presidente tem R$ 57 mil ao mês para contratar pessoal.
Fonte: A Tarde
Nota originalmente postada às 8h do dia 24