Foto: Roprodução Agência Brasil
O ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi ()PDT), afirmou nesta segunda-feira (10) que caberá ao Congresso Nacional definir o valor do salário mínimo. Segundo ele, o governo acatará a decisão, se os parlamentares decidirem alterar o valor de R$ 540 determinado pela Medida Provisória, editada por Luiz Inácio Lula da Silva no fim do ano passado.
Durante uma entrevista concedida a jornalistas em São Paulo, Lupi disse que “ o Congresso é soberano. O que o Congresso definir nós todos teremos que aceitar, porque é o Congresso que decide”.
Na semana passada, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, manifestou-se contra um valor superior a R$ 540 e chegou a dizer que o governo vetaria qualquer decisão do Congresso nesse sentido. As centrais sindicais e a oposição defendem valores que vão de R$ 580 a R$ 600.
Lupi ressaltou ainda que ele era favorável a um aumento maior que elevaria para R$ 560, só que foi voto vencido dentro do governo. Segundo o pedetista, quando se participa de um grupo e se perde na votação, o que resta é seguir a determinação da maioria.
O caso do ministro provavelmente será o mesmo que o de muitos parlamentares que defendem reajustes maiores. Já o deputado federal Paulinho da Força, correligionário de Lupi, está disposto a brigar por R$ 580.
Como o Congresso se encontra em recesso, até o dia 1º de fevereiro, só a partir dessa data começará a contar o prazo de 60 dias, prorrogáveis por mais 60 dias, para apreciação da medida provisória que instituiu o novo valor do salário mínimo.