Política

Jean Wyllys dispara contra Sargento Isidório e minimiza Silas Malafaia

Imagem Jean Wyllys dispara contra Sargento Isidório e minimiza Silas Malafaia
Parlamentar disse que é melhor sair do armário que "viver pela metade"  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 11/05/2013, às 16h12   Adelia Felix (Twitter: @adelia_felix)


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O deputado federal Jean Wyllys (Psol-RJ) foi um dos convidados pelo Centro Universitário Jorge Amado (Unijorge) para ministrar sobre Direitos Humanos, na última sexta-feira (10). Na oportunidade, o parlamentar, que segundo a assessoria dele, preferiu não falar com a imprensa, comentou sobre diversas polêmicas, entre elas, o deputado estadual Sargento Isidório (PSB-BA), o pastor Silas Malafaia, o projeto de cura gay e o casamento igualitário.

Em debate com os universitários, o militante do PSB revelou que há uma tentativa de seguimentos conservadores e reacionários que tentam desqualificá-lo. Ele comentou ainda como ver o pastor Silas Malafaia, com quem já protagonizou diversas brigas na mídia e que pretende processar o deputado por "denunciação caluniosa". “Malafaia para mim é nada. Ele só passa a ser alguma coisa quando interfere no estado de direito. E como líder religioso, ele não tem direito de pautar agenda pública e as políticas públicas a partir dos dogmas dele. Afinal, nosso país não é só cristão”, disse mas ressaltou que todos os evangélicos não podem ser  colocados no “mesmo balaio de gatos”.  O deputado Isidório, autor de declarações consideradas absurdas, também foi alvo militante do Psol. “Eu não posso crê que os cristãos de Salvador se achem representados por uma excrecência como o pastor Isidório”, disparou.



Ainda na oportunidade, o parlamentar defendeu também a campanha do Casamento Civil Igualitário, uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) oficialmente lançada no último dia 12 de abril. “Gretchen pôde casar de 16 vezes e eu não pude casar nenhuma. Não venham com o discurso de que família é aquela do tradicional comercial de Doriana. Hoje nós temos famílias no plural. Famílias chefiados por mães e pais solteiros.  Nós homossexuais queremos constituir famílias. Não me venham falar que os homossexuais farão mal a essas crianças porque um casal hetero já fez, abandonando”, colocou.

O Projeto de Decreto Legislativo 234/2011, de autoria do deputado João Campos (PSDB-GO), que, entre outros pontos, permite que psicólogos tratem a homossexualidade como doença, e que a pedido do presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), foi cancelada a votação - proposta pelo presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM), Marco Feliciano (PSC-SP)-, 
que poderia transformar em projeto de lei, foi duramente criticado pelo parlamentar.

“O Conselho Federal de Psicologia não tem o dinheiro que os pastores têm para usar as mídias, mas já se manifestou contra o projeto. Essas terapias se baseiam em frases bíblicas, e em um país como o nosso que há diferentes correntes religiosas. Usam as frases ao pé da letra, um livro que foi traduzido em tantas línguas. É o cúmulo pegar as exortações desse livro que é milenar. É um escândalo. Tudo o que aquele cara (Marco Feliciano) quer é holofote”, desabafou.

Em seu discurso, o parlamentar comentou que é melhor "sair do armário" e enfrentar a realidade. "Enfrenta o mundo, é melhor que viver pala metade".


Matéria originalmente publicada às 9h do dia 11 de maio de 2013.

Classificação Indicativa: Livre

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