Política

Bebidas em estádios: dupla Ba-Vi comemora liberação

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Deputados que votaram contra explicam posicionamento  |   Bnews - Divulgação Foto ilustrativa

Publicado em 30/01/2014, às 13h01   Priscila Chammas



Vitória e Bahia brigam dentro e, às vezes, até fora de campo. Mas se unem na comemoração pela liberação da venda de bebidas alcoólicas nos estádios de futebol do estado, aprovada ontem (29) pela Assembleia Legislativa da Bahia.

E um dos grandes motivos da comemoração é que agora as portas se abrem para novos parceiros e patrocinadores. "A ausência da cerveja dificulta a captação de patrocinadores desse segmento, que são grandes investidores do futebol", lembrou  Carlos Falcão, presidente do Esporte Clube Vitória. 

"Está provado que a proibição não dimuinui a violência. Pelo contrário, hoje os torcedores ficam do lado de fora bebendo até o inicio do jogo e já entram alcoolizados", argumentou. "Se a Fifa liberou na Copa do Mundo, que é o evento mais importante do futebol,  porque a gente vai proibir?", continuou o presidente, acrescentando ainda que há muitos anos não acontecem brigas de torcedores dentro do Barradão, mesmo antes da proibição das bebidas alcoólicas, em 2008. 

Falcão ressalvou, no entanto, que o clube é favorável apenas à venda de cerveja, que tem um teor alcoólico mais baixo. 

O Esporte Clube Bahia, através de sua assessoria de imprensa, informou que também apoia e comemora a decisão da Assembleia. 

Por outro lado, os deputados estaduais que votaram contra o projeto não gostaram nada do resultado do plenário

"Por que a bebida é indispensável? Só é possível a diversão e a satisfação se a pessoa estiver bebendo?", questionou Maria Del Carmen (PT).  "A bebida piora as relações entre as pessoas, ainda mais numa situação em que os ânimos já estão exaltados, como num jogo de futebol", defendeu. 

O deputado Capitão Tadeu (PSB) acrescentou que não bastava deixar a proibição do jeito que está hoje, mas proibir também a venda de bebidas num raio de 200 metros do estádio, como consta num projeto apresentado por ele há cerca de dois anos. "Assim, mesmo que o torcedor beba muito, o tempo que ele vai andar até chegar no estádio, esperar o jogo, etc... Quando o jogo esquentar, ele não vai estar mais bêbado", defendeu o deputado. 


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