Política

Líder do PPS cobra demissão do ministro do Trabalho

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Deputado Federal Rubens Bueno ingressou com representação na Comissão de Ética nesta quinta-feira (6)  |   Bnews - Divulgação Reprodução

Publicado em 06/03/2014, às 21h55   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)



O líder do PPS na Câmara, deputado federal Rubens Bueno (PR), ingressou, nesta quinta-feira (06/03), com representação (confira íntegra abaixo) na Comissão de Ética Pública da Presidência da República cobrando do colegiado que recomende o imediato afastamento do ministro do Trabalho, Manoel Dias (PDT). O parlamentar destacou que as denúncias e o fato da Polícia Federal solicitar judicialmente uma investigação contra o ministro são suficientes para a sua demissão. Para Bueno, há claro conflito de interesses entre as atividades de ministro e de dirigente partidário. O deputado criticou ainda a presidente Dilma Rousseff pela “frouxidão” ao insistir na manutenção de Dias no cargo.



Segundo o parlamentar, as apurações feitas pela PF, conforme revelado pelo O Estado de S. Paulo, apontam fortes indícios da participação do ministro em esquema para empregar militantes do PDT como funcionários fantasmas na Agência de Desenvolvimento Regional do Vale do Rio Tijucas e Itajaí Mirim (ADRVale), que possuía convênios com o ministério. Ele ressaltou a importância do trabalho judicial e da polícia em relação ao caso, mas lembrou que o processo, por sua complexidade, pode demorar anos para ser concluído “e o mais prudente é afastar imediatamente o ministro do cargo”.

Na denúncia ao Conselho de Ética, Rubens Bueno argumenta que “conforme conclusão de inquérito da Polícia Federal sobre desvio de recursos do Ministério do Trabalho, há indícios da participação do ministro em colaboração para colocar militantes do PDT na folha de pagamento de entidade que prestava serviços ao Ministério, restando evidente o conflito de interesses entre a atividade partidária do denunciado e as atribuições de Ministro do Trabalho”.

Fantasmas

O líder do PPS ressalta ainda que as informações foram reveladas por um ex-dirigente do PDT, que, a mando do atual ministro, recebia pagamentos mensais – sem jamais ter trabalhado para tal - da ADRVale.

O parlamentar lembra também que, com base em depoimentos e relatórios da Controladoria-Geral da União, a Polícia Federal concluiu que houve irregularidades como desvio de recursos, subcontratações ilegais e não comprovação de que os cursos pactuados foram feitos. “Inclusive, cinco ex-dirigentes da ADRVale foram indiciados por formação de quadrilha, peculato e dispensa indevida de licitação”, frisou o líder do PPS.

Na representação, o parlamentar argumenta que, apesar de todos os indícios de irregularidades, a gestão de Manoel Dias no Ministério do Trabalho sonegou dados do convênio, além de não ter enviado dados sobre a análise da prestação de contas.

“Entende-se, portanto, que os fatos de sonegar informações e ser indiciado pela Polícia Federal como corresponsável pelos delitos já se enquadram em hipóteses de incompatibilidade de conduta ética, configurando claramente conflito de interesses entre a atividade de ministro e a de dirigente partidário”, concluiu o parlamentar, citando o artigo 3º do Código de Conduta da Alta Administração Federal.

Com informações da assessoria de comunicação do PPS.


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