Vídeo: travesti se revolta por não conseguir usar nome social no SUS

Publicado em 02/07/2014, às 06h13 Terena Cardoso (Twitter: @Terena_Cardoso)

Apesar de terem o direito de usar o nome social no cartão do SUS através da portaria do Ministério da Saúde 1.820, de 2009, apenas a partir do dia 15 de julho é que transexuais e travestis terão o recurso disponível em Salvador. Uma vítima da burocracia, que preferiu não se identificar, teve dificuldades ao trocar o nome no posto de saúde Santa Luzia, no Engenho Velho de Brotas. “Fui fazer (o cartão) toda contente e recebi um não no posto”, conta.

Em contato com a assessoria da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), a reportagem soube que a prefeitura corre para garantir o direito até o dia 15 de julho. No entanto, apesar de ser uma Lei Federal, a Defensoria Pública da Bahia precisou intervir para que a portaria fosse cumprida. As discussões começaram em maio deste ano, quando a prefeitura pediu 60 dias para adaptar o sistema e treinar os profissionais.

“É um trabalho de formiguinha. Infelizmente as políticas acontecem, mas quando vai passar pelas outras esferas não vemos ser cumpridas”, lamenta Milena Passos, presidente da Articulação Baiana de Travestis, que procurou a defensoria pública.

Em julho, conforme previsão da prefeitura, todas as transexuais e travestis terão a opção de escolher entre o nome de batismo ou social na impressão do cartão. Já no cadastro, o nome que consta no RG será mantido.

Travesti é orientada a procurar Secretaria de Saúde

A fonte do Bocão News conseguiu flagrar o despreparo dos servidores no posto de saúde do Engenho Velho de Brotas. No vídeo, ela tenta explicar, sem sucesso, à servidora sobre o seu direito. Como resposta, ela é orientada a procurar a Secretaria de Saúde. Assista: