Petistas contra-atacam investidas de Imbassahy no caso do “mensalinho baiano”

Publicado em 01/10/2014, às 06h19 David Mendes (Twitter: @__davidmendes)

As cobranças de empenho do líder do PSDB na Câmara Federal, deputado Antônio Imbassahy, nas investigações sobre as denúncias de um suposto esquema de desvio de verbas do Fundo Estadual de Combate à Pobreza, via Instituto Brasil, irritou a cúpula petista, que contra-atacou e destacou para tentar "acalmar" o tucano o deputado federal Emiliano José (PT), que foi vereador de Salvador quando o peessedebista, então no PFL, governou a capital baiana (1997-2004).

Segundo Emiliano, Imbassahy na época foi alvo de investigações por parte do Ministério Público do Estado (MPE), entre elas o caso da construção do Aeroclube Plaza Show, inaugurado em 1999 na Orla da cidade. “O ex-pefelista deve estar sendo traído pela memória, pois parece ter esquecido os diversos escândalos que marcaram sua trajetória política na Bahia”, atacou, sem especificar as acusações.

Já na passagem pela Assembleia Legislativa da Bahia (1991-1995), Emiliano afirma que o então deputado estadual Imbassahy teve o nome apontado como o “fantasma” do escândalo conhecido como a "Pasta Cor de Rosa". O caso, conhecido em 1990, seria de uma suposta contribuição de 2,4 milhões de dólares do antigo Banco Econômico para a campanha de candidatos na época, entre eles o ex-senador Antônio Carlos Magalhães, que venceu o pleito e tornou-se governador da Bahia. Nenhuma das contribuições feitas pelo banqueiro Ângelo Calmon de Sá teria sido registradas como verba eleitoral, o que teria configurado como possível prática de Caixa 2. Já a participação de Imbassahy também não foi especificada por Emiliano.

“Imbassahy está muito afoito na cobrança das denúncias sem provas e requentadas, feitas pela ex-presidente da ONG Instituto Brasil à revista Veja. Se a Veja resolver requentar as denúncias da época em o deputado que foi prefeito de Salvador vai encontrar farta documentação no MP”, acusou.

A reportagem tentou ouvir o deputado Antonio Imbassahy, mas os telefonemas não foram atendidos e não houve retorno até o seu fechamento.

Publicada no dia 30 de setembro de 2014, às 16h18

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