Política

Abraham Weintraub será ouvido pela PF a pedido de Alexandre de Moraes

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Moraes abriu uma investigação preliminar na última semana para apurar as declarações dadas pelo ex-ministro  |   Bnews - Divulgação Marcelo Camargo/Agência Brasil

Publicado em 24/01/2022, às 19h45   Redação BNews


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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que a Polícia Federal (PF) colha em até cinco dias, o depoimento do ex-ministro da Educação Abraham Weintraub. Segundo Moraes, Weintraub deu uma entrevista na qual são veiculadas "diversas informações falsas acerca da atuação do Supremo Tribunal Federal e de condutas relacionadas a um de seus membros". Recentemente, a advogada de Bolsonaro diz que Weintraub age de má-fé, em novo atrito na base do presidente.

O ministro também deu 48 horas para que o Youtube disponibilize "a íntegra do material relacionado à entrevista". Ainda segundo o Moraes, o processo deve ser encaminhado à Procuradoria-Geral da República (PGR) para que, em dez dias, se manifeste e peça as medidas que entender necessárias.

Moraes abriu uma investigação preliminar na última semana para apurar as declarações dadas pelo ex-ministro da Educação em entrevista ao podcast "Inteligência Ltda". Sem provas, Weintraub disse que um dos dez ministros do STF que lhe negaram habeas corpus tentou comprar a sua casa num condomínio fechado, mesmo sem ela estar à venda.

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Segundo reportagem do IG, a decisão de Moraes de abrir uma investigação preliminar foi tomada no chamado "inquérito das fake news", que apura ataques e ameaças ao STF. Ele determinou que uma petição contendo o trecho da entrevista de Weintraub fosse separada num procedimento próprio. Ainda não se trata de um inquérito, mas de uma etapa prévia. A partir daí, poderão ser tomadas medidas para a apuração da conduta de Weintraub.

Na entrevista, o ex-ministro da Educação disse que ele foi chamado de covarde por ter fugido para os Estados Unidos para não ser preso pelo STF. A Corte nunca chegou a determinar a prisão dele, mas Weintraub via essa possibilidade. Ele tinha passado a ser investigado por ataques feitos em 2020 ao STF.

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