Política

Adolfo Menezes sobre derrota de Marcelo Nilo no TCM: “Ninguém tem tudo”

Edvaldo Sales / BNews
Marcelo Nilo foi derrotado pelo petista Paulo Rangel  |   Bnews - Divulgação Edvaldo Sales / BNews
Edvaldo Sales

por Edvaldo Sales

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Publicado em 05/03/2024, às 20h19


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O presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), Adolfo Menezes (PSD), disse que sempre viu o deputado Paulo Rangel (PT) como favorito a ocupar a cadeira de conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM). O petista derrotou o ex-parlamentar Marcelo Nilo (Republicanos) em uma votação que aconteceu nesta terça-feira (5).

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“[...] Só um podia ser escolhido. Infelizmente, o deputado Marcelo não logrou o êxito e o deputado Paulo Rangel foi o vencedor”, falou Adolfo em conversa com a imprensa após a votação.

Sobre o placar de 36 votos para Rangel contra 22 de Nilo, Adolfo afirmou que sempre achou que o segundo seria bem votado, “até porque [ele tem] muitos colegas, amizades e foi apoiado pelo bloco da oposição”.

É importante pontuar que o petista contava com o apoio da maioria dos parlamentares, entre eles Adolfo Menezes, e o líder do governo, Rosemberg Pinto (PT). A expectativa era que Rangel tivesse pelo menos 38 votos, enquanto Nilo, que reuniu 19 assinaturas de parlamentares para a inscrição, contasse com este mesmo número de votos.

Ausência do PCdoB

Na ocasião, o presidente da ALBA também falou sobre a ausência dos quatro deputados do PCdoB na votação, em protesto a uma suposta manobra contra a candidatura de Fabrício Falcão. Em nota enviada à imprensa, o partido classificou o ocorrido como “postura desrespeitosa”.

É uma questão partidária. Eles são soberanos para decidir o que é melhor para o partido. Segundo eles, havia um acordo para essa vaga ser do PCdoB. Eles se sentiram preteridos por não ter sido nem dado direito de disputar essa eleição, pela falta da inscrição. É uma questão interna de cada partido não estar presente nessa tarde”, disse o presidente da ALBA.

Se ausentaram Olivia Santana, Bobô, Fabrício Falcão e Zó.

Derrota de Marcelo Nilo

Adolfo aproveitou para comentar a derrota de Marcelo Nilo. “O que eu digo é o seguinte: todo império tem apogeu e queda. Ninguém vai vencer na vida sempre. Ninguém. Na história do mundo ninguém vence sempre. Até porque as derrotas ensinam, só as vitórias não ensinam. Faz parte da vida pública ou da vida pessoal de cada um de nós. Ninguém tem tudo, sempre vai faltar alguma coisa”, pontuou.

E continuou:

Eu brinco com o Marcelo, é meu amigo particular. Não é porque ele deixou de ser presidente que eu deixei de frequentar a casa dele e ele a minha. Eu trato da mesma forma, até porque amanhã também não serei mais presidente, não serei deputado. Mais cedo ou mais tarde. Para mim é o mesmo amigo”.

Adolfo destacou que, apesar da derrota, “Marcelo é um homem vencedor, como poucos na Bahia”. “Durante dez anos ele foi presidente dessa Casa. Isso aí já é uma vitória grande. Foi deputado federal, foi governador interino, fez o genro deputado. Agora, claro, cada um tem uma cabeça, cada um vê a vida de uma forma. Se ele tivesse me ouvido, eu diria: ‘Marcelo, não entre, você não tem necessidade, você já venceu quase 30 anos ininterruptos de vida pública’”.

[Marcelo] não depende de salário, é uma questão mais de estar, segundo ele, no que ele gosta, ocupado, em contato com os prefeitos”.

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