Política

Advogado de Bolsonaro nega interferência na PF e conversa entre Milton e presidente

Antonio Molina / Folhapress
Bnews - Divulgação Antonio Molina / Folhapress

Publicado em 25/06/2022, às 07h45   Marianna Holanda / Folhapress


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Advogado de Jair Bolsonaro, Frederick Wassef disse nesta sexta-feira (24) que não houve conversa entre o presidente e o ex-ministro Milton Ribeiro e que o chefe do Executivo não interfere na Polícia Federal.

O advogado afirmou ainda que caberá a Ribeiro explicar o uso "indevido" do nome do presidente.

As declarações foram dadas em entrevista coletiva convocada no início da noite desta sexta, em frente ao Palácio do Planalto, após a divulgação de gravação em que Ribeiro menciona ter recebido ligação de Bolsonaro dias antes de ser preso.

"Não existe nada entre o presidente e o ex-ministro. Eles não têm contato, eles não se falam", disse Wassef.

"Se o ex-ministro usou o nome do presidente Bolsonaro, usou sem seu conhecimento, sem sua autorização. Ele que responda. Compete ao ex-ministro explicar por que é que ele usa de maneira indevida o nome do presidente da República."

O advogado afirmou ainda que o presidente não interfere na Polícia Federal.

"O presidente não teve informações privilegiadas. Não tem nenhuma informação sobre nenhuma investigação. (...) Não interfere na PF", disse.

A interceptação telefônica obtida pela PF no inquérito que mira o ex-ministro da Educação e divulgada nesta sexta-feira sugere que Ribeiro passou a suspeitar que seria alvo de busca e apreensão após uma conversa o chefe do Executivo.

VEJA: Vídeo: Milton Ribeiro revela conversa com Bolsonaro antes de operação da PF: “Ele acha que vão fazer busca e apreensão”

Na ligação, o ex-ministro relata à filha ter recebido uma ligação de Bolsonaro em 9 de junho e que ele teria dito estar com "pressentimento" de que iriam atingi-lo por meio da investigação contra ele.

No dia 22, Ribeiro foi preso, assim como pastores envolvidos no caso do balcão de negócios no Ministério da Educação. O caso foi enviado para o Supremo Tribunal Federal (STF).

O advogado de Bolsonaro, por sua vez, disse que o chefe do Executivo é alvo de fake news e de vazamento criminoso das conversas.

"O que está por trás disso aqui é o uso politico da máquina pública e de instituições com fins políticos. Campanha eleitoral já começou", afirmou.

O mandatário está em segundo lugar nas pesquisas de intenção de voto, atrás do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Pesquisa do Datafolha divulgada na quinta-feira (23) mostra o petista 19 pontos à frente.

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