Política

Aliados de Lula se dividem sobre convocação de Bolsonaro na CPMI dos atos golpistas; saiba motivo

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A comissão vai investigar as ações que culminaram nos atos de vandalismo ocorridos em Brasília no dia 8 de janeiro  |   Bnews - Divulgação Reprodução / TV Globo
Daniel Serrano

por Daniel Serrano

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Publicado em 24/05/2023, às 09h04


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Integrantes da base do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Congresso Nacional estão divididos sobre a possibilidade de convocar o ex-presidente Jair Bolsonaro para depor na CPMI dos atos golpistas, que será instaurada nesta quinta-feira (25). As informações são da coluna de Bela Megale no jornal O Globo. 

De acordo com a publicação, uma parte dos senadores, alguns deles do próprio PT, defende que a CPMI comece com um “nível mais elevado” e, por isso, Bolsonaro não seria convocado, pelo menos em um primeiro momento. A ideia seria “mostrar trilha” de ataques à democracia que culminam nos atentados no dia 8 de janeiro. Com isso, o ex-presidente seria chamado na reta final da comissão. 

Além disso, o grupo defende que Bolsonaro só deve ser chamado caso a oposição tentar culpar o presidente Lula e o ministro da Justiça, Flávio Dino, pelos atos golpistas. O entendimento é de que essa estratégia pode ajudar o governo em votações de seu interesse no Congresso.

No entanto, há outra ala do PT, que atua especialmente na Câmara dos Deputados, defende que as ações foquem em Bolsonaro desde o começo da CPMI. Esse grupo deseja que a convocação do ex-presidente seja um dos primeiros atos da comissão, além de um pedido de quebra de sigilo bancário de Bolsonaro. 

Ainda segundo a colunista, a estratégia é “investigar Bolsonaro como autor intelectual” dos atos golpistas e pedir acesso às investigações contra o ex-presidente no Supremo Tribunal Federal (STF).

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