André Porciuncula relembra "batalha" com Rui Costa para chegar ao governo Bolsonaro

Titular da Secretaria Nacional de Incentivo e Fomento à Cultura, André Porciúncula relembrou em entrevista ao BNews esta semana a “batalha” que travou com o governador Rui Costa (PT) para conseguir chegar ao governo do presidente Jair Bolsonaro. Porciuncula é capitão da Polícia Militar, instituição subalterna ao chefe do Executivo, e disse que enfrentou vetos do petista.  

“O Rui Costa não me liberou, eu sou capitão da Polícia [Militar], tive que pedir afastamento do serviço ativo para assumir o cargo lá. O que é o praxe é a cessão, você cede o servidor. Um exemplo: o antigo secretário da Segurança Pública é um delegado da Polícia Federal, ele era cedido pelo governo federal, o é algo comum, são cargos de alta gestão, um cargo de secretariado”. 

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Na época, o governo federal precisou repetir o ato oficial de nomeação, cujo efeito perdeu validade enquanto o impasse se estendia por um mês.

“Não é o normal fazer esse tipo de bloqueio. Ele impediu, foi uma guerra. Minha primeira nomeação, inclusive, venceu por causa disso, por que ele não me cedeu. Eu tive uma nomeação vencida, são 30 dias o prazo, tive que ser nomeado de novo no governo federal. Aí eu pedi afastamento do serviço ativo e me afastar completamente para poder assumir o cargo de secretário. Foi a primeira grande batalha que eu travei para assumir o cargo”, acrescentou.

Porciuncula chegou a Brasília a partir do apoio político do vereador de Salvador Alexandre Aleluia (UB), que chegou a trocar farpas com o governador Rui Costa durante imbróglio pela liberação do militar. 

Chamado por Rui de "filhinho de papai rico, e sem voto", Aleluia reagiu em pronunciamento na tribuna da Câmara: "covarde e pelego de sindicato que não defende a cultura da Bahia".

O embate deve voltar à tona durante o período eleitoral, já que André Porciuncula tentará votos para ser deputado federal.