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Bnews SP: Justiça autoriza PF investigar prefeito no caso da 'máfia das creches'

Wilson Dias / Agência Brasil
Ricardo Nunes foi reeleito prefeito de SP nas eleições de 2024  |   Bnews - Divulgação Wilson Dias / Agência Brasil

Publicado em 20/11/2024, às 07h35   Yuri Pastori



O inquérito sobre a 'máfia das creches' em que o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), é investigado por ser suspeito de receber pagamentos indevidos da Associação Amiga da Criança e do Adolescente (ACRIA), que mantinha contrato com o município, será levado adiante pela Polícia Federal (PF). As informações são do Estadão.

A autorização para o andamento do inquérito foi dada pela juíza Fabiana Alves Rodrigues, da 8.ª Vara Criminal Federal de São Paulo.

"Caberá à autoridade policial extrair as cópias dos documentos que entender necessários para instauração dos novos inquéritos", escreveu a magistrada.

A defesa do prefeito havia pedido o arquivamento da investigação, sob alegação de que o inquérito policial foi instaurado há mais de cinco anos, em 4 de junho de 2019, "não tendo sido apurados indícios de condutas ilícitas em relação" a Nunes, além de considerar que o "desmembramento do feito para continuidade das investigações"  tinha "caráter político e eleitoreiro", já que a decisão da PF havia sido tomada em agosto, dois meses antes do primeiro turno da eleições. 

"O contexto apurado sugere que os fatos supostamente ilícitos envolvendo a ACRIA podem de fato ter contado com a participação do requerente Ricardo Nunes", escreveu a magistrada.

Segundo a PF, a ACRIA movimentou ao todo R$ 162 milhões e recebeu R$ 49,8 milhões da Prefeitura. O então vereador Nunes teria empregado em seu gabinete na Câmara Municipal uma parente de três diretoras da ACRIA.

Nunes justificou que os pagamentos da ACRIA se referiam a uma prestação de serviço e que vai entregar os documentos que comprovariam essa relação. O prefeito Ricardo Nunes reiterou que nada se comprovou contra ele na investigação e que o nome do prefeito não está entre os 116 indiciados. Ele estranhou a decisão da Justiça, já que, segundo ele, prestou todos os esclarecimentos às autoridades. Além disso, ele reiterou que não há nenhuma relação dele ou de sua empresa com a empresa envolvida em suposto ilícito.

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