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Bolsonaro pode responder por novo crime; saiba qual

Carolina Antunes/PR
A irregularidade foi apontada pelo o deputado Fabio Felix (PSOL-DF)  |   Bnews - Divulgação Carolina Antunes/PR
Daniel Serrano

por Daniel Serrano

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Publicado em 04/05/2023, às 09h14 - Atualizado às 09h29


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Jair Bolsonaro pode se tronar alvo de mais um inquérito na Justiça. Isso porque o deputado Fabio Felix (PSOL-DF) acionou na última quarta-feira (3) o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) para que o ex-presidente seja responsabilizado por não ter vacinado a sua filha mais nova, Laura, de 12 anos. As informações são da coluna de Malu Gaspar, no jornal O Globo.

De acordo com a publicação, o pedido foi enviado para a Promotoria de Justiça de Defesa da Infância e da Juventude. No documento, o deputado diz que Bolsonaro descumpriu uma determinação do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que prevê multa de três a vinte salários para quem “descumprir, dolosa ou culposamente, os deveres inerentes ao poder familiar ou decorrente de tutela ou guarda”

“Os indícios corroboram com o fato de que os dados dos cartões de Laura foram alterados para constar que a filha do ex-presidente teria se vacinado, o que garantiria a entrada dela nos Estados Unidos, acompanhada do pai”, defende o parlamentar.

Na última quarta-feira (3), a Polícia Federal (PF) deflagrou uma operação para esclarecer a atuação de um grupo acusado de inserir dados falsos de vacinação contra a Covid-19 em sistemas do Ministério da Saúde.

Segundo a Polícia Federal, o sistema do Ministério da Saúde mostrou um registro feito no dia 21 de dezembro do ano passado, que Laura Bolsonaro foi vacinada contra a Covid-19, recebendo duas doses de vacina da Pfizer, no município de Duque de Caxias, no Rio de Janeiro.

“Pesquisas realizadas em fontes abertas não trouxeram elementos que indicassem que Laura tivesse acompanhado seu pai nos compromissos relacionados ao cargo de Presidente da República na cidade do Rio de Janeiro no dia 13/08/2022, data em que teria tomado a segunda dose da vacina, e muito menos se deslocado até a cidade de Duque de Caixas para se vacinar”, diz a Polícia Federal.

“Da mesma forma, em relação à data de 24/07/2022, não há elementos que indiquem sua ida a cidade de Duque de Caxias para tomar a 1ª dose da vacina contra a Covid-19. Além disso, cabe destacar que Laura Bolsonaro, com 11 anos de idade, residia à época dos fatos, obviamente, com seus pais na cidade de Brasília/DF, não fazendo qualquer sentido ter que se deslocar até o município de Duque de Caxias para se vacinar”, acrescentou.

No entanto, assim como ocorreu com os registros em nome de Bolsonaro, os dados de Laura foram excluídos do sistema do Ministério da Saúde em 27 de dezembro de 2022. A retirada das informações aconteceu antes que que o ex-presidente viajasse com a filha e a mulher, Michelle Bolsonaro, para os Estados Unidos.

Em nota, a defesa de Bolsonaro diz que Laura "foi proibida de receber qualquer imunizante em razão de comorbidades preexistentes, situação sempre e devidamente atestada por médicos".

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