Política

Bolsonaro traça estratégia para não se tornar inelegível

Alan Santos/PR
O ex-presidente ainda aponta para “requintes de crueldade” de Alexandre de Moraes na escolha da data do julgamento  |   Bnews - Divulgação Alan Santos/PR
Daniel Serrano

por Daniel Serrano

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Publicado em 15/06/2023, às 08h28


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Jair Bolsonaro (PL) definiu a sua estratégia de defesa no processo que pode torná-lo inelegível.  A ação contra o ex-presidente começa a ser julgada na próxima quarta-feira (22) pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE)

De acordo com a coluna de Paulo Cappelli no site Metrópoles, Bolsonaro deve sustentar que as críticas feitas às urnas eletrônicas, durante uma reunião com embaixadores em junho do ano passado, foram legítimas. Além disso, os advogados do ex-presidente vão alegar que a defesa pelo voto impresso, sustentada por ele, não seria uma forma de desrespeitar o resultado anunciado pela Justiça Eleitoral após as eleições.

Sobre a acusação de abuso de poder econômico, Bolsonaro deve alegar que, na condição de presidente da República, tinha a prerrogativa de convidar embaixadores para tratar sobre temas que lhe fossem caros. 

Bolsonaro é alvo de uma ação movida pelo PDT que o acusa de poder econômico. Na denúncia, o partido acusa o ex-presidente de ter usado a estrutura do Estado para se reeleger.

Ainda segundo a publicação, a defesa de Bolsonaro ainda discute se lembrará de uma reunião do então presidente do TSE, Edson Fachin, com embaixadores. Na oportunidade, o magistrado comentou sobre a segurança das urnas eletrônicas e solicitou que a comunidade internacional ficasse em alerta sobre o processo eleitoral brasileiro. Na ocasião, o ex-presidente disse que as as declarações de Fachin foram “um estupro à democracia” e, em seguida, realizou uma própria reunião com embaixadores.

O colunista traz ainda que Bolsonaro analisa que, pela atual composição do TSE, é difícil não se tornar inelegível pelos próximos oito anos. O ex-presidente ainda aponta para “requintes de crueldade” por parte do atual presidente da Corte,  Alexandre de Moraes, em marcar o julgamento para o dia 22, já que esse foi o número usado por Bolsonaro nas eleições do ano passado.

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