Política

Câmara de Salvador pode criar homenagem para profissionais do sexo; entenda

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Projeto na Câmara de Salvador propõe criação do Dia Municipal da Visibilidade das Profissionais do Sexo  |   Bnews - Divulgação Reprodução/SBT
Henrique Brinco

por Henrique Brinco

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Publicado em 06/12/2022, às 15h13 - Atualizado às 15h25


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A Câmara Municipal de Salvador (CMS) recebeu uma proposta para que seja criado o "Dia Municipal da Visibilidade das Profissionais do Sexo". O projeto de lei, ao qual o BNews teve acesso, propõe que 2 de Junho seja a data a ser incluída no calendário.

"Em 02 de junho de 1976, em Lyon, na França a Igreja Saint-Nizier foi ocupada por cerca de 150 prostitutas que protestavam contra a repressão policial, multas, prisões e assassinatos que eram vítimas. Apesar do apoio da população e da igreja para que as prostitutas tivessem direito à proteção, o protesto foi encerrado violentamente pela polícia em 10 de junho. Como marco histórico, o 02 de junho de 1976 então passa a ser celebrado como dia internacional das prostitutas", diz um trecho da proposta.

A vereadora Marta Rodrigues (PT), autora do projeto, explica que a atividade está cadastrada na Classificação Brasileira de Ocupações (CBO) e que a inclusão da data no calendário oficial do município contribuirá "para a visibilidade das discussões necessárias".  

"É um pleito antigo de uma  profissão que é uma das mais antigas do mundo.  As profissionais do sexo existem e precisam, assim como qualquer outra categoria, ter seus direitos assegurados, para reduzir estigmas, violências e preconceitos", destacou a edil.

Em nota, a coordenadora-geral da Associação das Profissionais do Sexo da Bahia (Aprosba), Fátima Medeiros, declarou que a categoria pleiteia, há anos, por "visibilidade, segurança e dignidade".

"Quando precisamos nos identificar como profissionais do sexo ninguém reconhece que é uma profissão. Pagamos nossas dívidas, nossas contas, impostos e assumimos nossa família com esse trabalho. Quando uma trabalhadora é violentada, vamos na delegacia, e na própria delegacia, muitas vezes a gente sofre preconceito e violência da própria polícia. Queremos visibilidade, dizer que existimos e que lutamos pelos nossos direitos. Não adianta tapar o sol com a peneira, queremos ser respeitadas como trabalhadoras", destacou.

Classificação Indicativa: 12 anos

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