Conjuntura Atual

Conjuntura Atual: Bolsonaro e o achincalhamento nacional das Forças Armadas

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Bnews - Divulgação Arquivo pessoal

Publicado em 11/08/2021, às 11h01   Luiz Fernando Lima


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Ao que parece, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) busca irrigar o revanchismo das Forças Armadas do país colocando-as, sucessivas vezes, como alvo de achincalhamento nacional. É inevitável que piadas sejam feitas diante do malfadado ato militar da Marinha promovido pelo Palácio do Planalto na última terça-feira (10). A única explicação plausível é que Bolsonaro quer ver os militares indignados com as piadas formuladas a partir das imagens geradas pelo “desfile”. 

Sucateamento
A sandice de quem defende tais “demonstrações de força” só não é mais avacalhada porque, no Brasil, as instituições não andam lá muito confiantes de seus plenos papéis. Não há como ignorar a literal e simbólica cortina de fumaça do último ato!

Um dia antes
Com o objetivo de enterrar, como se fosse possível, o carimbo do Bolsa Família, o governo federal apresentou um interessante projeto de auxilio família. O substituto traz pontos interessantes e avança. Isso, inicialmente, resta saber como ficará após o crivo dos legisladores e se de fato haverá recursos para cumprir com o compromisso.

Manobrista
Já se sabe que para pagar o auxílio, os precatórios vão entrar nas contas para as futuras gestões pagarem. A medida protelatória não é nova, mas é novidade. O ministro Paulo Guedes já perdeu o discurso, segmentos do ministério, ideias, papel, caneta, tablet. Só não perdeu as aplicações. De resto, o Posto Ipiranga está pagando caro no combustível para se manter no cargo.

Que reforma
De fato o Brasil atravessa um momento tenebroso de sua história. Ninguém consegue prever o que vai acontecer nos próximos meses, mas uma coisa é certa: do que vem sendo aprovado na Câmara dos Deputados, muito pouco pode ser dita que fará bem ao povo brasileiro. O Congresso galopa em direção a falta de credibilidade total.

Que reforma II
A comissão de reforma eleitoral da Casa Baixa do Congresso Nacional conseguiu aprovar duas propostas que não podem existir ao mesmo tempo: distritão e coligações proporcionais. Jogou para o plenário decidir se fica péssimo ou ruim. O sistema eleitoral nacional vai sendo moldado, ano a ano, para manter quem está no poder no poder. Pasmem!

Quanto vale
Quanto custou a manobra palaciana para que o presidente da Câmara, Arthur Lyra (Progressistas), colocasse para votar em plenário, o derrotado na comissão, voto impresso ou auditável?

Ou é por quilo
As emendas do relator, conhecidas como orçamento secreto, são mais obscuras que as criptomoedas. Vocês conhecem este mercado? Sabem quanto vale uma moeda digital e quanto vale um trator comprado com dinheiro deste tipo de emenda? Se o agronegócio tiver que pagar o mesmo para equipar a frota produtiva, os fazendeiros vão falência. Não tenham dúvidas disso. 

Novo
A relatora Renata Abreu (Podemos) trouxe a novidade do voto preferencial e explicou: você não é obrigado a listar a sua ordem de preferência. Você pode colocar a sua ordem de preferência. A eleição se torna muito mais barata. Trouxemos o que tem de maior inovação na política no mundo, mas tomamos o cuidado de não aplicar nas próximas eleições exatamente para não acharem que é um casuísmo. 

O modelo é para o eleitor indicar a ordem de preferência de voto para Executivo: candidato 1, 2, 3  e assim vai. Imagine a confusão que isso vai dar. É aquela velha máxima, digo que vou resolver o problema que acabei de criar.

Classificação Indicativa: Livre

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