Política
Publicado em 15/11/2024, às 08h37 Yuri Pastori e Andrea Vialli, direto de Baku, no Azerbaijão
O deputado federal (PT-SP) e coordenador da frente ambientalista da Câmara dos Deputados,Nilto Tatto, reforçou que o Brasil saiu na frente e se comprometeu a até 2035 reduzir em quase 70% os efeitos dos gases do efeito estufa. Os outros países devem até os meses de fevereiro e março do ano que vem apresentar suas novas metas voluntárias.
Tatto alertou que mesmo que as metas já estabelecidas anteriormente, desde 2015, sejam cumpridas já não são mais suficientes para evitar os eventos climáticos que estão acontecendo, a exemplo do que aconteceu com as enchentes no Rio Grande do Sul e em Valência, na Espanha. O financiamento que é realizado pelos países desenvolvidos de 100 bilhões de dólares por ano para apoiar os países em desenvolvimento "não vem cumprindo a contento, com uma dificuldade muito grande, pois o valor não é suficiente" para mitigar o efeito estufa. Esses últimos países precisam de políticas de adaptação, no entanto, não estão preparados para enfrentar esses desastres naturais que estão acontecendo. Ele estima que será necessário 1 trilhão de dólares por ano para apoiar essas políticas.
O parlamentar também comentou sobre o fundo de perdas e danos para os países pobres, que não têm responsabilidade pelo que está ocorrendo em virtude das mudanças climáticas, mas já estão sofrendo as consequências delas. Ainda de acordo com Tatto, esses países não têm capacidade interna de socorro para sua população, quando ocorre desastres.
Ele defendeu uma maior participação de jovens e mulheres no âmbito da Organização das Nações Unidas (ONU). Para Tatto, "é preciso aprimorar cada vez mais a participação e conquistar espaço para a juventude, mulheres e para a diversidade étnica do mundo todo no ambito da ONU, pois quem mais sofre com as mudanças climáticas são os grupos vulneráveis". Tatto ressaltou que a COP29, que chega ao seu quinto dia, promoveu a regulamentação do mercado de carbono. Com isso, os países que emitem menos, podem vender títulos de carbono para captar recursos.
Assista a entrevista com o deputado Nilto Tatto:
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