Política

Coronel afirma que bolsonaristas acampados em Brasília realizavam comércio ilegal das barracas para ambulantes

Rinaldo Morelli/Câmara Distrital
"O tempo inteiro pedindo para as pessoas enviarem PIX a fim de manter a mobilização”, conta o Coronel  |   Bnews - Divulgação Rinaldo Morelli/Câmara Distrital

Publicado em 18/03/2023, às 06h30   Cadastrada por Letícia Rastelly


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Jorge Eduardo Naime, coronel e ex-comandante de Operações da Polícia Militar do Distrito Federal, revelou que diversos crimes aconteciam nos acampanhamentos bolsonarista em Brasília, durante seu depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Atos Antidemocráticos na Câmara Distrital do DF, na quinta-feira (16). Entre eles, o militar destacou um comério ilegal, conhecido como 'Máfia PIX".

As tendas que eram alugadas por R$ 600 o dia para vendedores ambulantes que desejavam trabalhar no local, de modo que esse esquema era controlado lideranças bolsonaristas. “Não temos os nomes dessas pessoas, mas elas ficavam no acampamento e era o tempo inteiro pedindo para as pessoas enviarem Pix a fim de manter a mobilização”, disse Naime.

Ainda em seu depoimento, o coronel falou sobre um vídeo onde uma liderança acusava um colega de estupro, além dos casos de tráfico de drogas e prostiuição. Segundo o coronel, o grupo vivia em um mundo "parelalo" onde diziam se conectar com "extraterrestres": "Teve um que me abordou e falou para mim que ele era um extraterrestre, que estava ali infiltrado e que assim que o Exército tomasse o poder, os extraterrestres iriam ajudá-lo”, declarou Naime. 

Ainda em seu depoimento, Naime, que é acusado de fazer “vista grossa” para os bolsonaristas, chegando até a ser preso na quinta fase da Operação Lesa Pátria, disse que repassou todas as denúncias e que chegou a montar um esquema para desmobilizar os acampamentos, mas nada aconteceu.

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