Política

De olho em 2026, governadores miram troca de partido; saiba mais

Montagem | Marcelo Camargo/Agência Brasil, Andreza Gischewski/GOVMG e Antônio Cruz/Agência Brasil
Movimento de governadores vem chamando a atenção de eventuais futuras siglas  |   Bnews - Divulgação Montagem | Marcelo Camargo/Agência Brasil, Andreza Gischewski/GOVMG e Antônio Cruz/Agência Brasil

Publicado em 10/02/2023, às 08h32 - Atualizado às 08h39   Cadastrado por Yuri Abreu


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De olho em 2026, seja por um novo mandato ou até almejando voos mais altos, governadores eleitos nas eleições de 2022 estão mirando a possibilidade de trocar de partido. O movimento tem se consolidado, especialmente, com os gestores de três estados da região Sudeste do país.

No Rio de Janeiro, reeleito como aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Cláudio Castro já negocia um desembarque da legenda em meio a uma aproximação com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

No estado, atritos entre o chefe do Executivo fluminense e a legenda, na eleição à presidência da Assembleia Legislativa (Alerj) formaram o pano de fundo do iminente rompimento entre o governador e a legenda. A pressa, segundo interlocutores ouvidos pelo jornal O Globo, é uma tentativa de se descolar do bolsonarismo e estabelecer canais com o governo do petista. 

Ademais, a relação de Castro com o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), principal liderança bolsonarista no estado, piorou após a reeleição, quando o governador removeu apadrinhados do primeiro escalão.

Em sentido inverso, o governador de Minas, Romeu Zema (Novo), estuda migrar para o PL e se consolidar no campo de oposição ao PT. O gestor mineiro, segundo o jornal O Globo, foi sondado ainda no início do ano passado pelo presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, que tem manifestado sua intenção de filiar Zema.

Integrantes da sigla avaliam que o próprio Zema vê com bons olhos uma mudança partidária, que pode lhe oferecer maior musculatura para lançar candidatos nas eleições municipais de 2024 e para buscar o espólio do bolsonarismo numa eventual candidatura presidencial. A expectativa é a de que, na próxima quarta-feira (15), Romeu Zema se reúna com a bancada mineira do PL.

São Paulo

Já em São Paulo, o PSD vem "paquerando" o governador Tarcísio de Freitas, atualmente no Republicanos. O ex-ministro de Jair Bolsonaro chegou a nomear o presidente do partido, o ex-ministro Gilberto Kassab, como secretário de Governo. 

Kassab, hoje, é considerado o principal articulador político de Tarcísio, e acompanhou o governador a uma reunião com Lula em janeiro e, na avaliação de lideranças do Republicanos, têm buscado atraí-lo para o PSD.

Contudo, deputados que fazem parte do Republicanos vem tentando minimizar a possibilidade, garantido que o "casamento" entre o partido e Tarcísio não corre risco de acabar.

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