Política

Direto de Brasília: Deputado do PL revela expectativa para votação da reforma tributária na Câmara

Daniela Pereira / BNews
A votação está marcada para às 18h e serão, no mínimo, sete horas de discussão  |   Bnews - Divulgação Daniela Pereira / BNews

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O deputado federal Jonga Bacelar (PL-BA) revelou, em entrevista concedida com exclusividade ao BNews, nesta quinta-feira (6), a sua expectativa para a votação da reforma tributária na Câmara Federal, que está marcada para às 18h. Serão, no mínimo, sete horas de discussão.

Segundo o parlamentar, o “Brasil precisa voltar a crescer, voltar a ter competitividade, voltar a gerar emprego e renda, e a gente votar o mais rápido possível a reforma tributária”.

A prioridade hoje é nós votarmos a reforma tributária. Estamos aqui a postos. Saí de uma reunião do partido em que não houve fechamento de questão. O ex-presidente [Jair] Bolsonaro foi muito elegante, por conta da posição dele individualmente e a do partido, mas sem fechamento de questão”.

O deputado disse ainda esperar que seja um consenso dos governadores, dos prefeitos e, “acima de tudo, da sociedade brasileira”. “A Reforma Tributária está quase que madura para ser votada”, continuou.

De acordo com o Jonga, o arcabouço fiscal e o Conselho de Administração de Recursos Fiscais (Carf) ficarão mais para o próximo semestre, depois do recesso do Congresso Nacional. “Esse é o meu sentimento que eu tive hoje depois da conversa com alguns líderes agora pela manhã. Acredito que, do meio para o final da tarde, a gente tenha essa posição mais clara aqui na Câmara”, pontuou.

Bolsonaro e Tarcísio

Questionado sobre o clima entre Jair Bolsonaro (PL), e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), o parlamentar desconversou. O ex-presidente teria ficado irritado com Tarcísio pelo fato dele ter apoiado a reforma tributária.

Quando eu cheguei no partido, o governador Tarcísio já tinha saído [da reunião]. Mas a informação que eu tive foi nesse sentido. Inclusive, tiveram alguns membros lá que vaiaram o governador Tarcísio. Mas eu não vi. Quando eu cheguei, o governador já tinha saído [da reunião].  É um governador de um estado extremamente importante e que tem sensibilidade política. Então eu acho que o governador Tarcísio deve estar sabendo o que está fazendo”.

Perguntado sobre o governador de São Paulo representar o PL, o deputado disse que depois que Bolsonaro ficou inelegível, Tarcísio “tem uma grande representação nas forças de centro-direita”.

Ele está fazendo um bom mandato em São Paulo. São Paulo representa mais de 50% do PIB brasileiro e a força econômica é muito grande. Vamos ver como que vai ficar o desenrolar e se o governador Tarcísio vai querer ir para uma reeleição em São Paulo ou ir para um voo mais alto”.

Desgaste no PL?

Sobre a existência de um possível desgaste na sigla após o PL recomendar que os deputados votassem contra a reforma, ele negou. "Não teve desgaste maior não. Não teve fechamento de questão. É um partido grande, que tem algumas divergências, especialmente regionais. O Norte e Nordeste não tem o mesmo pensamento dos deputados do Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Partido é assim, é sempre conversando, dialogando, vendo os interesses regionais acima de tudo", completou.

*A repórter viajou para Brasília para fazer a cobertura no Congresso Nacional.

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