Política

Direto de Brasília: Jerônimo Rodrigues reage após aprovação de baiano para diretoria do Banco Central

Daniela Pereira / BNews
O baiano se tornou o primeiro negro a assumir uma diretoria do Banco Central em quase 60 anos  |   Bnews - Divulgação Daniela Pereira / BNews

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O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), celebrou, nesta quarta-feira (5), a aprovação no Senado Federal do advogado baiano Ailton de Aquino Santos para compor o quadro da direção do Banco Central (BC). Ele fará parte da Diretoria de Fiscalização.

Com a aprovação, que aconteceu na última terça-feira (4), Aquino Santos se torna o primeiro negro a assumir uma diretoria do BC em quase 60 anos.

“Celebramos muito. Primeiro, por ter sido uma indicação do nosso grupo político, que governa o Brasil. É uma pessoa com sensibilidade, um baiano, conterrâneo meu, de Jequié. Isso não quer dizer que a gente vai padronizar. É a reestruturação do Banco Central simbolizada em uma política nacional que a gente está na expectativa”, iniciou Jerônimo.

Jerônimo ressaltou que quer um Banco Central autônomo.

Quando a gente vai negociar com as empresas, perguntam como estão as taxas de juros. Nós temos, por exemplo, a Ponte Salvador-Itaparica, que nós estamos negociando e renegociando por conta das taxas de juros. Nós queremos um Banco Central autônomo, mas que tenha de fato pessoas com a consciência de que é preciso um Banco Central que estimule o desenvolvimento nacional”.

Quem é Aquino Santos?

Ailton Santos
Lula Marques / Agência Brasil

Natural de Jequié, no sudoeste da Bahia, Ailton de Aquino Santos é servidor há 25 anos e entrou no BC em janeiro de 1998. Ele, que morou na Bahia até 1997, passou pelos cargos de auditor-chefe da instituição, chefe de contabilidade, orçamento e execução financeira.

O servidor é formado em ciências contábeis pela Universidade do Estado da Bahia (UNEB) e em direito pelo Centro Universitário do Distrito Federal (UDF). Ele possui pós-graduação em ciências contábeis e especializações em contabilidade internacional, engenharia econômica de negócios e direito público.

Em sabatina realizada ontem, o advogado disse que aposta na aprovação do arcabouço fiscal para reduzir os juros, em especial a Selic: "Pode ser um indutor relevante para a redução das taxas de juros no devido momento".

Indicados pelo governo Lula, Aquino e o economista Gabriel Galípolo são vistos com potencial para virar a situação no Banco Central para reduzir a Selic na próxima reunião do Copom. Aquino foi aprovado por 42 votos favoráveis e 10 contrários. Galípolo também passou na sabatina.

*A repórter viajou para Brasília para fazer a cobertura no Congresso Nacional.

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