Política

Dois vereadores "disputam" silenciosamente presidência da Câmara de Salvador; entenda polêmica em torno do pleito

Valdemiro Lopes/CMS e  Divulgação/CMS
O pleito, no entanto, está sob judice devido a uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF)  |   Bnews - Divulgação Valdemiro Lopes/CMS e Divulgação/CMS

Publicado em 26/11/2022, às 06h45   Eduardo Dias


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Passada a eleição para o Governo do Estado, e ainda distante das eleições para a Prefeitura de Salvador em 2024, as atenções da nata da política soteropolitana estão voltadas para o desfecho que terá a presidência da Câmara Municipal (CMS). O pleito está sob judice devido a uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF).

Em março, numa articulação entre os pares, o presidente da Casa, Geraldo Júnior (MDB), conseguiu se reeleger para um terceiro mandato no comando da Mesa Diretora. No entanto, o "líder" como é chamado entre os colegas de vereança, se elegeu vice-governador em outubro ao lado de Jerônimo Rodrigues (PT), abrindo margem para seu atual vice-presidente, o vereador Carlos Muniz, poder sonhar com o comando da CMS.

Muniz tem aguardado ansiosamente pelo ano de 2023 para caso o Supremo decida pela manutenção da eleição da Câmara, ele possa assumir a presidência, com a saída de Geraldo, que será empossado vice-governador. A ideia é, inclusive, defendida pelos demais vereadores da bancada de oposição. 

Mas para que isso ocorra, é necessário um desfeco acerca da decisão, que será submetida ao Plenário da Corte, após o ministro Gilmar Mendes pedir vista e suspender o julgamento sobre a eleição que, porém, não tem data definida ainda. A decisão que suspendeu a eleição na Câmara foi do ministro Nunes Marques. 

De olho na disputa, silenciosamente, está o vereador Kiki Bispo, vice-líder do governo na CMS e aliado do prefeito Bruno Reis. Kiki aguarda a chance de comandar a Casa desde 2018. Ele, inclusive, já foi 2º vice-presidente do Legislativo para o biênio 2017/2018.

A bancada de governo já tem atuado nos bastidores na montagem da chapa que disputará a presidência em caso de decisão favorável no STF. Com Kiki como candidato, a chapa tem ainda o vereador Ricardo Almeida (PSC) como provável 1º vice.

Saiba mais sobre Kiki Bispo:

Advogado, Kiki Bispo estreou na Câmara Municipal de Salvador em 2013, dando continuidade ao legado deixado por seu pai, Everaldo Bispo, que foi vereador da capital baiana por três mandatos. Já nos primeiros meses no Legislativo, foi eleito presidente da Comissão de Constituição e Justiça e Redação Final (CCJ) , colegiado que era presidido por seu pai até 2012. Kiki Bispo permaneceu à frente da CCJ durante o biênio 2013/2014.

O vereador filiou-se ao Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), em abril de 2016, deixando o Partido Democrático Trabalhista (PDT), permanecendo na base do prefeito ACM Neto. Em abril de 2020, mudou de legenda, ingressando no DEM.

A advocacia está entre as grandes paixões do vereador, que presta atendimento jurídico gratuito às comunidades carentes dos bairros de São Caetano, Cajazeiras, Castelo Branco e adjacências. Segundo ele, a população tem uma grande carência de atendimento jurídico, principalmente nas áreas de família, criminal e direito do consumidor.

Em outubro de 2016, Kiki Bispo foi eleito vereador para o segundo mandato com 9.318 votos. Em 2 de janeiro de 2017, foi empossado 2º vice-presidente da Câmara Municipal de Salvador para o biênio 2017/2018. Em janeiro de 2021, licenciou-se da Câmara para assumir a Secretaria Municipal de Promoção Social, Combate à Pobreza, Esporte e Lazer. Retornou à Câmara em 19/04/2022.

Saiba mais sobre Carlos Muniz:

Carlos da Silva Muniz nasceu em Salvador, no dia 17 de abril de 1971. Comerciante, tem o ensino médio completo. Sua origem está no bairro de Fazenda Grande do Retiro, mas ele viveu a infância no Barbalho, bairro em que mora até hoje. Carlos Muniz se candidatou pela primeira vez em 2004, quando teve mais de 5 mil votos. Foi em 2008 que se elegeu pelo PTN para ocupar uma vaga no Legislativo da capital baiana, quando teve 6.544 votos.

Em 2012, renovou o mandato para o período de 2013 a 2016,  como o vereador mais votado de Salvador com 16.959 votos. Em outubro de 2016, foi reeleito com 13.129 votos. Em abril de 2020, filiou-se ao PTB.

Durante boa parte de sua vida profissional, trabalhou como representante comercial, experiência que lhe permitiu conhecer bem a cidade. Na sua gestão, Carlos Muniz tem como prioridade a defesa da saúde. Uma de suas principais propostas é o aumento de equipes do Programa Saúde da Família (PSF) e a desconcentração para que se possa atender aos mais diversos bairros da cidade.

O vereador também propõe a instalação de Centros de Especialidades Odontológicas (CEOs) em todos os postos de saúde do município, garantindo a saúde bucal à população. Muniz, que é microempresário da área de alimentos, conhece as dificuldades dos pequenos empresários que lutam contra uma das maiores cargas tributárias do mundo para garantir a sobrevivência de suas empresas.

A revisão da questão tributária também está entre as bandeiras do vereador, assim como a boa aplicação dos recursos públicos e a transformação dos impostos pagos em obras e serviços que atendam aos menos favorecidos e diminuam as desigualdades sociais. O vereador Carlos Muniz também vai continuar com a luta pela melhoria do transporte público e a valorização da cultura e esporte em Salvador.  Carlos Muniz foi o 1º vice-presidente da Mesa Diretora no biênio 2013-2014.

Classificação Indicativa: Livre

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