Donos da 123 Milhas faltam a depoimento em CPI e podem sofrer condução coercitiva

Os donos da 123 Milhas, Ramiro Júlio Soares Madureira e Augusto Júlio Soares Madureira, faltaram à CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) das Pirâmides Financeiras na Câmara dos Deputados e podem sofrer condução coercitiva. A dupla de sócios era esperada para dar depoimento na sessão desta terça-feira (29), mas alegou problemas de agenda e não compareceu.

Um novo depoimento foi marcado para a sessão desta quarta (30), na Câmara dos Deputados. De acordo com o relator da comissão, o deputado federal Ricardo Silva (PSD-SP), caso os donos da 123 Milhas não compareçam novamente, a CPI poderá pedir a condução coercitiva de ambos.

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Segundo o colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, a 123 Milhas entrou, na tarde desta terça, com um pedido de recuperação judicial em tutela de urgência, por meio da 1ª Vara Empresarial de Belo Horizonte-MG. A empresa solicita que todos os processos de cobrança movidos contra ela sejam suspensos de forma imediata, por um período inicial de 180 dias.

A 123 Milhas se colocou em uma enorme confusão há duas semanas, quando anunciou que não iria emitir nenhuma das passagens aéreas já vendidas por ela em sua linha promocional, com embarques programados de setembro a dezembro deste ano. A empresa era famosa por disponibilizar viagens internacionais por preços muito abaixo do mercado.

Na avaliação do relator da CPI, a prática da 123 MIlhas se assemelha muito a uma pirâmide financeira que ruiu: quando se oferece um produto, em uma condição muito boa de negócio, as pessoas vão entrando e esse sistema, então, vem à ruína no momento em que os donos enriquecem. Nessas situações, os sócios esperaram o momento de maior aquisição de clientes.