Economia & Mercado

Bolsonaro defende Guedes; ministro admite rombo no orçamento

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"Tenho confiança absoluta nele", diz presidente  |   Bnews - Divulgação Reprodução/TV

Publicado em 22/10/2021, às 16h11   Henrique Brinco


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O presidente Jair Bolsonaro manifestou apoio ao ministro da Economia, Paulo Guedes, e afirmou que o governo não fará "aventura" ao comentar o furo no teto de gastos - que irá bancar programas de transferência de rende em 2022. "Nós nos entendemos muito bem. Tenho confiança absoluta nele. Ele entende as aflições que o governo passa", afirmou, em entrevista coletiva ao lado do colaborador, nesta sexta-feira (22).

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Bolsonaro afirmou que não colocará a economia em risco ao comentar o Auxílio Brasil, que prevê pagamentos de R$ 400 no ano eleitoral. "Deixo claro a todos os senhores: esse valor decidido por nós tem responsabilidade. Não faremos nenhuma aventura. Não queremos colocar em risco a nada no tocante à economia", ressaltou.

Guedes também reconheceu que vai romper com o ajuste fiscal, que deve causar um rombo no orçamento. "Nós vamos reduzir o ritmo do ajuste. Que seja um déficit de 1% (do PIB), não faz mal. Preferimos tirar oito no fiscal e atender os mais frágeis. O arcabouço fiscal continua. Eu seguro isso", declarou. Ele garantiu ainda que não pediu demissão.

A pressão para que Guedes peça demissão cresceu nesta quinta (21) com as exonerações do secretário especial do Tesouro, Bruno Funchal, e do secretário do Tesouro Nacional, Jeferson Bittencourt. A debandada se dá por divergências de como a ala política quer bancar o Auxílio Brasil de R$ 400, que deve furar o teto de gastos e causar um rombo no orçamento.

Na quarta-feira (20), Paulo Guedes afirmou que o governo avalia uma “licença” para furar o teto. A fala foi interpretada como uma rendição da equipe econômica aos desejos da ala política do governo e aceitou romper o teto de gastos — principal regra fiscal do país.

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