Eduardo: Deboche a tortura de Míriam Leitão foi 'pouco perto do que fazem com Bolsonaro'

Filho "03" do presidente da República, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) voltou a comentar o deboche feito por ele, em uma postagem nas redes sociais, à tortura sofrida pela jornalista Míriam Leilão, da Globo, durante a ditadura militar.

Em entrevista ao programa BNews Agora, na noite desta segunda-feira (18), o parlamentar minimizou, mais uma vez, o ataque. A jornalista relata que sofreu agressões que abriram sua cabeça e foi colocada, sem roupas, por agentes da repressão em uma sala escura com uma jiboia. Na época, ela estava grávida.

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No início do mês, Eduardo repostou uma publicação de Leitão em que ela levantava uma crítica ao governo de Jair Bolsonaro. Na legenda, escreveu: "Ainda com pena da cobra (emoji)...".

"Da minha parte, eu fiz uma piada [...] Duvido que ela tenha ficado ofendida com uma piada minha. Foi até pouco perto do que eles fazem com o presidente", disse o "03" ao programa da Piatã FM (94.3). O deputado também comparou a jornalista a um suspeito que tenta "posar como vítima e tenta comover o juiz a soltá-lo".

No domingo (17), a coluna de Míriam Leitão no jornal O Globo revelou áudios que confirmam episódios de tortura durante a ditadura. As gravações, do Tribunal Superior Militar (TSM), estão sendo analidas desde 2017 por Carlos Fisco, professor de História do Brasil da UFRJ.

Ao ser questionado, hoje, sobre os registros, o vice-presidente Hamilton Mourão respondeu com ironia: "apurar o quê? Os caras já morreram tudo, pô. [risos]. Vai trazer os caras do túmulo de volta?".

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