Comissão de Educação da Câmara de Salvador vai acompanhar caso de racismo no Sartre

A presidente da Comissão de Educação da Câmara Municipal, vereadora Cris Correia (PSDB), afirmou nesta quarta-feira (10) que o colegiado vai acompanhar de perto o caso de racismo ocorrido em mensagens trocadas por alunos do colégio Sartre.

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“Li com sentimento de indignação a postura da instituição de ensino, que, a princípio, nada fez para punir os estudantes envolvidos no caso de racismo. Foi necessário o caso ganhar repercussão midiática para que o colégio tomasse a atitude de afastar os alunos”, disse Cris, em crítica à suposta omissão do Sartre diante da situação. 

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A edil defendeu ainda sanções administrativas e lições pedagógicas para os estudantes envolvidos no caso, já que, por serem menoress de idade, não podem ser punidos pela lei.

“Se a lei não atinge os estudantes por serem menor idade, que eles aprendam de forma pedagógica ou sofra sanções administrativas possíveis ou ainda que sejam aplicadas medidas socioeducativas. Assim, possam aprender e entender que racismo é crime e não motivo de brincadeira."

O caso 

“Pretos morram”, “Pode macaco no ‘gp’?” e “Baniram piada de negros, porém não sabem que os negros já são a piada”, são algumas frases escritas por pelo menos sete estudantes do 1º ano da Escola SEB Sartre, no bairro do Itaigara, em Salvador.

Alguns alunos reclamaram da omissão do colégio. De acordo com um aluno, a direção da escola chegou a ser comunicada sobre o caso, mas teria agido de forma negligente diante da situação. Ao passar em uma sala de aula, uma coordenadora da unidade teria pedido para que o assunto não se transformasse em “opressão”, a fim, entretanto, de poupar os autores das mensagens de possíveis “constrangimentos”, conforme aponta o estudante, que preferiu não se identificar.