Política

EXCLUSIVO! Assessor de Penalva acusa Átila do Congo de puxar arma e fazer ameaças: "Disse que ia me dar um tiro"

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Assessor de Penalva alega ser ameaçado desde que rompeu com Átila do Congo, em 2020  |   Bnews - Divulgação Arquivo Pessoal
Sanny Santana, Eduardo Dias e Henrique Brinco

por Sanny Santana, Eduardo Dias e Henrique Brinco

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Publicado em 03/04/2023, às 14h47 - Atualizado às 18h24


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O assessor do deputado estadual Emerson Penalva (PDT) está acusando o vereador Átila do Congo (Patriota) de ameaçá-lo com arma em punho. Segundo o Boletim de Ocorrência, obtido com exclusividade pelo BNews, o caso teria acontecido nesta segunda-feira (3), por volta das 9h30, no bairro de Periperi, em Salvador.

Em contato com a reportagem, o denunciante, Júlio Sena, que também é ex-assessor de Átila, declarou que estava em Mirante de Periperi, em um campo de futebol que, segundo o assessor, estava sendo reformado por ele há mais de cinco meses. Foi nesse momento que recebeu as supostas ameaças por parte do vereador Átila.

"Nós estamos reformando esse campo em Mirante de Periperi há mais de cinco meses, como está perto de inaugurar, Átila pediu ao prefeito Bruno Reis para liberar a iluminação de LED do campo para que ele possa vir para a inauguração dizer que fez alguma coisa. Penalva conversou com a gente e disse para a gente abrir mão. Como já tinha meses com a obra, o povo saberia que aquilo ali é nosso. Temos a chave do campo, fica tudo conosco", relata Sena. 

O plano, segundo o assessor, era abrir o campo de futebol nesta segunda-feira (3), junto com seu companheiro de trabalho Edmilson Juriti, para que o vereador pudesse entrar no local para instalação da iluminação LED. 

"Quando estou no campo e abro o portão pra ir embora, vejo descendo o caminhão da iluminação pública. Quando a gente passa pelo lado do caminhão, desce Átila, 12 assessores e três seguranças policiais. Átila vem de frente para mim e pergunta: 'o que é que você está fazendo aqui?'. Eu respondi 'sou morador há 38 anos e há seis meses eu estou aqui reformando o campo'", explica.

O assessor ainda alega no Boletim de Ocorrência que Átila do Congo, acompanhado do Chefe de Gabinete, Nerinho Rosário, protestou afirmando que "essa obra aqui agora é minha, o prefeito me deu". Querendo se livrar da confusão, Júlio teria tentado ir embora, mas foi perseguido por Átila, que teria puxado uma arma. 

"Ele veio para cima de mim, armado, e o Chefe de Gabinete, Nerinho, também armado. A liderança que estava comigo, Edmilson, puxou o celular para fazer uma filmagem, mas Nerinho veio por trás, deu uma 'pesada' na mão dele e derrubou o celular. Quebrou todo, levou o celular de Edmilson e ainda levou o chip, não devolveu", declarou Júlio, que contou só ter conseguido fugir depois que seu parceiro, Edmilson, tentou confrontar Átila e o chefe de gabinete.

Júlio denunciou o caso e prestou Boletim de Ocorrência na 5ª Delegacia Territorial de Periperi. 

Júlio Sena x Átila do Congo

Júlio Sena conta que foi assessor do vereador Átila do Congo em 2020. No entanto, pediu exoneração apenas oito meses depois por não ter "suportado" certas condutas do político e pela forma que ele "tratava as pessoas".

Por decisão própria, Júlio não acompanhou mais nenhum político por quatro meses, no entanto, surgiu uma proposta do deputado estadual Emerson Penalva (PDT) para que ele fosse seu assessor. Aceitando caminhar junto ao pedetista, se iniciaram os trabalhos no Subúrbio de Salvador. 

"Como somos moradores e comenhecemos todo mundo, começamos um trabalho na comunidade e aí Átila foi perdendo espaço dentro da comunidade. Veio eleição para deputado, ele começou a fazer campanha pra ex-mulher dele, Daniele, para deputada estadual, e nós, a fazer para Penalva. Chegou na urna, no conjunto Mirantes de Periperi e Colinas de Periperi, Emerson Penalva ficou em primeiro lugar como o mais votado. Foi mais uma coisa que feriu o ego dele [Átila]", contou.

Segundo Sena, desde que rompeu com Átila, as ameaças por parte do vereador são constantes. "Ele já me ameaçou de morte porque abandonei ele, disse que ia me dar um tiro no peito várias vezes (...) já tentou envolver tráfico, polícia", acusou o assessor.

Outro lado

Em contato com o BNews, Átila do Congo negou as acusações. Ele confirma que houve, de fato, uma discussão, mas alega que não puxou nenhuma arma. Além disso, alega que moradores de Periperi expulsaram Júlio Sena do campo de futebol. 

A assessoria de imprensa de Átila do Congo afirmou que "sobre a acusação de ameaças com arma de fogo, o vereador Átila do Congo esclarece que, qualquer especulação sobre a conduta do chefe de gabinete, Nerinho Rosário, não procede. Vale salientar que a equipe jurídica do parlamentar já protocolou uma ação de calúnia e difamação com pedido de danos morais em virtude da situação vexatória causada pelos acusadores".

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