Política

Feira de Santana: Vereador diz que irregularidades na Saúde foram denunciadas na Câmara

Mario Neto
Vereador Silvio Dias (PT) não teve ‘surpresa’ com operação da Polícia Federal que investiga irregularidades na Saúde em Feira de Santana  |   Bnews - Divulgação Mario Neto

Publicado em 04/08/2022, às 13h25   Thiago Conceição


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O vereador Silvio Dias (PT) disse ao BNews que não chegou como ‘surpresa’ a operação da Polícia Federal que investiga irregularidades na contratação de empresa do atual secretário de Saúde de Feira de Santana, Marcelo Britto, deflagrada nesta quinta-feira (4). Os secretários de saúde e governo do município foram afastados dos cargos na manhã de hoje. Os investigados irão responder pelos crimes de peculato e de superfaturamento de licitação pela falta de execução completa de contrato.

“Quando a gente vai investigar o motivo, vê a relação promíscua entre Prefeitura e empresas terceirizadas, que já foram alvos de outra operação, que resultou no bloqueio dos bens do ex-prefeito Zé Ronaldo. E essas denúncias chegaram aos vereadores e resultaram na abertura de uma CPI para o caso, cuja as provas servem como base para a operação de hoje”, disse Silvio Dias.

Segundo a investigação da PF, no ano de 2018, a Prefeitura de Feira de Santana fez licitação para a contratação de uma organização social para a gestão compartilhada da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro Queimadinha. O acordo foi celebrado em contrato do dia 2 de maio daquele ano, com vigência até o dia 16 do mesmo mês, com valor de R$ 11.909.004,00, podendo ser renovado por 5 anos.

Ainda de acordo com a polícia, a entidade gestora da UPA firmou contrato de prestação de serviços médicos, em 2020, com empresa pertencente ao atual Secretário de Saúde do município pelo valor de R$ 44 mil mensais, mas que, segundo foi constatado, não houve qualquer tipo de prestação de serviços pela empresa contratada, seja de serviços médicos ou de consultoria. 

“Se manteve a estrutura da Prefeitura com as empresas. A CPI identificou irregularidade na contração de empresas por parte de Marcelo Britto, secretário de saúde do município. Existe uma consultoria que não gerou resultado, apesar de ter recebido R$ 200 mil de um contrato avaliado em R$ 400 mil. O atual prefeito manteve a mesma lógica, onde as empresas servem para irrigar as campanhas políticas e usar subemprego como moeda de troca para as eleições. E ainda existe a prestação dos serviços superfaturados, que funciona para a corrupção”, acrescentou Silvio Dias.

Em nota, a Prefeitura de Feira de Santana afirmou que a gestão vai contribuir para a apuração dos fatos e que tem “compromisso com a transparência pública”.

“Até aqui a investigação apura supostas irregularidades na contratação de consultoria na área de Saúde. O Governo Municipal reitera o compromisso com a transparência pública e a manutenção do bem-estar da população, colaborando ativamente com a Justiça para apuração dos fatos. A Prefeitura de Feira não compactua com qualquer tipo de ilicitude e vai acompanhar o desenrolar do processo para esclarecimento dos fatos e estabelecimento da verdade e da Justiça”, diz trecho da nota.

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