Política

Flávio Bolsonaro revela estratégia caso pai seja denunciado por tentativa de golpe: “caminho razoável”

Pedro França / Agência Senado
Jair Bolsonaro é um dos 37 indiciados pela Polícia Federal no inquérito que investiga o caso  |   Bnews - Divulgação Pedro França / Agência Senado

Publicado em 03/12/2024, às 13h56   Cadastrado por Daniel Serrano



O senador Flávio Bolsonaro (PL) prometeu recorres à cortes internacionais caso o pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, seja denunciado por tentativa de golpe. A declaração foi dada em entrevista à CNN.

Ao ser questionado se essa seria a alternativa da defesa do ex-presidente, o parlamentar classificou a opção de "caminho razoável". “Não posso falar pela defesa dele, mas acho que independente do que a PGR (Procuradoria Geral da República) vai fazer, terá que ir por essa linha. É um caminho razoável”, afirmou.

Flávio disse ainda que o pai vem sendo perseguido pelo Judiciário brasileiro e que o ex-presidente não tem mais a quem recorrer.

“Existem diversos precedentes de pessoas que até revertem sua situação jurídica no país quando se constata a ilegalidade e quem julga é um juiz que está impedido e fazer essas causas. Em nenhuma democracia séria do mundo isso seria sendo tolerado. Quando a perseguição vem de uma pessoa que já está na instância máxima do Judiciário e você não tem a quem recorrer, não resta outra alternativa”, disparou Flávio.

O ex-presidente Jair Bolsonaro está entre os 37 indiciados pela Polícia Federal pelos crimes de tentativa de golpe de Estado, tentativa de abolição do Estado democrático de direito e organização criminosa no fim de novembro. O relatório foi concluído e entregue ao Supremo Tribunal Federal (STF).

A expectativa é que o julgamento do caso seja feito pela Primeira Turma do STF, colegiado presidido por Cristiano Zanin e é integrado por Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia, Flávio Dino e Luiz Fux.

Caso os ministros acolham a denúncia oferecida pela PGR, Bolsonaro e os demais indiciados vão se tornar réus e poderão apresentar as suas defesas ao Supremo e indicar testemunhas.

De acordo com integrantes da PGR e do STF, o julgamento pode ocorrer ao longo de 2025, ou seja, antes do ano eleitoral de 2026. Os integrantes da Corte não querem que o caso contamine a próxima disputa presidencial.

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