Política

Flávio Dino não comparece a sessão na Câmara e irrita oposição

Valter Campanato/Agência Brasil
Ele alegou compromissos do ministério da Justiça para se ausentar da reunião  |   Bnews - Divulgação Valter Campanato/Agência Brasil
Daniel Serrano

por Daniel Serrano

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Publicado em 10/10/2023, às 13h52



O ministro da Justiça, Flávio Dino, não compareceu a uma sessão da Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados realizada nesta terça-feira (10) depois de ter sido convocado para a reunião.

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Flávio Dino havia sido convocado pela comissão para responder a questionamentos dos deputados federais que integram o grupo, ocupado majoritariamente pela oposição. 

Por ter sido convocado, o ministro tinha obrigação legal de comparecer à sessão, a menos que tivesse uma justificativa formal.

Em ofício enviado à comissão, Dino disse que não compareceu à sessão por estar coordenando as operações deflagradas nesta terça pelo ministério. Ao todo, foram cumpridos mandados de busca e apreensão em 12 estados numa ofensiva contra a pornografia infantil. 

"A esse respeito, tendo em vista que foi realizada uma grande operação policial integrada, sob coordenação da Secretaria Nacional de Segurança Pública - Senasp, do Ministério da Justiça e Segurança Pública, em parceria com vários estados, na data de hoje, informo a impossibilidade de comparecimento a essa comissão, em face de providências administrativas inadiáveis. Tais providências implicam a mobilização da equipe da Senasp, impedindo adequada preparação do material relativo aos temas solicitados por essa comissão", disse Dino.

Ainda no ofício, Dino aproveitou para pedir ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que organize uma comissão geral no plenário da Casa para atender a todos os parlamentares. Ele é o membro do atual governo Lula com o recorde de pedidos de convocação, com passagens marcadas por brigas, provocações e alfinetadas nos bolsonaristas.

A ausência de Dino irritou parlamentares da oposição. O presidente da comissão, deputado Ubiratan Sanderson (PL-RS), disse que iria tomar "medidas cabíveis" contra o ministro.

"Não há justificativa. Não há uma justa causa a explicar sua ausência. Na minha observação, uma espécie de deboche à Comissão de Segurança Pública. Essa irresponsabilidade será objeto de responsabilização", disse Sanderson.

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