Política

Governo Lula ainda tem quase 30 cargos vagos

Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Os cargos vêm sendo usados pelo governo para negociações com partidos do Centrão  |   Bnews - Divulgação Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Daniel Serrano

por Daniel Serrano

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Publicado em 15/07/2023, às 11h16


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Após seis meses de governo, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ainda tem 29 cargos de segundo e terceiro escalão vagos, como diretorias, departamentos e entidades vinculadas. Esses postos usualmente são ocupados por políticos ou nomes indicados por partidos da base do governo.

De acordo com o site Metrópoles, cobiçado pelo Centrão, o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome conta com quatro departamentos esperando preenchimento. Além disso, o titular da pasta, Wellington Dias, pode deixar o cargo, apesar da proximidade com Lula.

Já na Saúde, o principal alvo é a Fundação Nacional da Saúde (Funasa) é alvo da maior cobiça. Após a medida provisória que extinguia o órgão ter perdido validade, a Funasa deverá ser recriada e já é alvo de interesse do Centrão. Além disso, também vem sendo especulada a saída de Nísia Trindade do comando da pasta, apesar de Lula afirmar que não vai tirá-la do posto.

Por outro lado, ministérios como Casa Civil, Secretaria-Geral e Gabinete de Segurança Institucional (GSI) estão totalmente preenchidos. O caso se repete na Cultura, do Esporte, das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos.

Para tentar melhorar a sua relação com o Congresso Nacional, segmentos importantes do governo Lula foram modificados. No Ministério do Meio Ambiente e da Mudança do Clima, a ministra Marina Silva perdeu a gestão sobre o Cadastro Ambiental Rural (CAR). Já a pasta dos Povos Indígenas, de Sonia Guajajara, perdeu a competência de reconhecer e demarcar terras indígenas.

Nas últimas semanas, partidos que compõem o Centrão avançaram na negociação para obter cargos no governo Lula. A entrada do bloco já é dada como “certa” por integrantes do Palácio do Planalto.

Entre os partidos que estão de olho em cargos no governo estão o PP, do presidente da Câmara, Arthur Lira (AL), o Republicanos e o União Brasil. Este último, apesar de já ter indicado três ministros (Juscelino Filho, nas Comunicações, Waldez Góes, na Integração, e Celso Sabino, no Turismo), a fidelidade ainda é questionada.

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