Política

Governo Lula: Ministro das Comunicações atua para favorecer empresa suspeita com contrato de R$54 milhões

Foto: José Cruz/Agência Brasil
Ministro das Comunicações fez reuniões com a Codevasf, fora da agenda, para buscar contrato que beneficia empresa suspeita  |   Bnews - Divulgação Foto: José Cruz/Agência Brasil

Publicado em 01/03/2023, às 11h30 - Atualizado às 11h35   Cadastrado por Vinícius Dias


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Ministro das Comunicações no governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Juscelino Filho (União Brasil) vem se dedicando a uma missão que passa longe das áreas de radiofusão e telecomunicações. Segundo o site Metrópoles, ele tem atuado para "solucionar um assunto espinhoso que nada tem a ver com a pasta que comanda".

O ministro está pressionando a Codevasf, companhia estatal que nos últimos anos se transformou em um tamborete de negócios escusos do Centrão, a fazer chegar a uma empresa suspeita de envolvimento em irregularidades de milhões de reais de emendas que ele próprio destinou ao Maranhão como deputado federal.

Segundo o site, os esforços são para que o dinheiro vá parar na Engefort, empreiteira maranhense ligada a políticos e apontada como integrante de um cartel especializado em desviar recursos da Codevasf.

Juscelino Filho chegou a ir pessoalmente à Superintendência da Codevasf no Maranhão para defender que seja mantida uma concorrência suspeita na qual a Engefort foi escolhida para abocanhar um contrato de R$ 54 milhões em obras.

Desse valor, R$ 30 milhões têm origem em emendas federais enviadas ao estado pelo próprio ministro, no período em que era congressista, de acordo com informações internas da estatal. Também foi ele quem definiu onde os recursos deveriam ser alocados.

A reunião que o Ministro compareceu para fazer a pressão na Codevasf não está registrada em sua agenda oficial. Aconteceu no último dia 17 de fevereiro, antes do carnaval. O compromisso aparece apenas na lista de reuniões do escritório da companhia em São Luís.

O esforço de Juscelino Filho em favor da Engefort tem relação direta com as suspeitas que pairam sobre a empreiteira: a concorrência que o ministro quer que seja mantida corre risco de ser anulada porque a Controladoria-Geral da União, a CGU, encontrou irregularidades no processo.

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