Política

Hilton Coelho: "governo Rui Costa rasga o plano de carreira de professores"

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Deputado diz que Rui Costa agiu com "irresponsabilidade"  |   Bnews - Divulgação Paulo M. Azevedo/BNews

Publicado em 02/04/2022, às 16h07   Victor Pinto e Eliezer Santos


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O deputado Hilton Coelho (PSOL) afirmou que o projeto de lei, aprovado pela Assembleia Legislativa (AL-BA) em sessão extraordinária neste sábado (2), para reajustar o salário de professores estaduais não contempla todos os profissionais do segmento.

“Na verdade, o projeto de alguma forma ele rasga o plano de carreira porque o plano contém valorização do conjunto dos profissionais da educação e esse plano simplesmente vai deixar uma parte muito significativa, principalmente os profissionais que têm o maior tempo e maior formação - o plano de carreira prevê um estímulo, não apenas à permanência como a qualificação dentro da carreira - e boa parte dessas pessoas vai ficar sem qualquer tipo de benefício. Ela vai ficar com reajuste zero nesse projeto. Então para nós é inaceitável”.

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Hilton ainda sugeriu que o governo Rui Costa (PT) praticou “racismo estrutural” por não incluir professores indígenas na matéria, o que deixou o “plano essencialmente excludente”. 

“Além de manter distorções que também são muito caras à Bahia, por exemplo, em relação ao esquecimento que é uma demonstração de racismo institucional em relação aos professores indígenas. Além do problema com parte dos coordenadores pedagógicos e profissionais que entraram nos concursos de 2015 e 2018 que também estão fora. Além dos inativos também. Então é um plano essencialmente excludente”, protestou.

A forma como o projeto tramitou na Casa, segundo Hilton, também demonstrou “irresponsabilidade do governo”, que correu para viabilizar a aprovação aos 45 do segundo tempo.

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“Eu acho que foi uma demonstração, muito sinceramente, de profunda irresponsabilidade do governo. O governo focou naquela proposta de privatização da Embasa e terrivelmente conseguiu aprová-la. A solução era a retirada daquele projeto já que tinha criado toda uma situação social de questionamento à privatização da nossa empresa, então a solução seria retirar o projeto e não postergá-lo tanto e criar uma situação que custou qualquer reajuste da categoria vinculada à questão do piso aos prazos legais”, questionou. 

“Concretamente se não votássemos hoje não teria qualquer reajuste para a categoria. Então de alguma forma isso beneficiou o governo, que jogou fora por exemplo todas as nossas emendas que privilegiavam a relação com plano de carreira, inclusive, que foi aprovado como uma condição para existência do próprio piso nacional”, emendou.

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