Política

'Já que vamos ter o Lula, que seja com um vice como o Alckmin', diz Tabata a empresários de SP

Reprodução/Câmara dos Deputados
Tábata estava ao lado do namorado, o prefeito de Recife, João Campos (PSB), que havia se reunido com o ex-governador algumas horas antes  |   Bnews - Divulgação Reprodução/Câmara dos Deputados

Publicado em 09/03/2022, às 13h28 - Atualizado às 13h29   MÔNICA BERGAMO/FOLHAPRESS


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No mesmo dia em que o PSB acertou a filiação de Geraldo Alckmin ao partido e afirmou que ele será indicado candidato a vice na chapa de Lula, a deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP) fez ácidas críticas ao PT em um jantar com empresários em São Paulo.


Ela estava ao lado do namorado, o prefeito de Recife, João Campos (PSB), que é da cúpula da legenda e havia se reunido com o ex-governador algumas horas antes.


Em primeiro lugar, Tabata afirmou que vem "lutando bravamente" contra uma federação de seu partido com o PT. Informou que a ala paulista do partido tem posição "unânime" contra a proposta -o que nunca foi dito tão explicitamente pelas principais lideranças da legenda em SP. E disse que, com a união, o PSB se tornaria uma sublegenda, o que prejudicaria a agremiação, definida por ela como "a maior e talvez única alternativa que olha para frente, como progressista".


"Acho que o Brasil comporta e precisa de uma esquerda mais moderna, que não olhe para União Soviética, ou para a Venezuela, mas sim para Portugal, ou para a Espanha, ou ainda para o Partido Democrata, nos EUA", afirmou. Chegou a dizer também que é contra "qualquer passada de pano para ditadura e autoritarismo".


Ela disse ainda discordar "de todos os posicionamentos que o PT vem tendo", e que "aí entra meu realismo otimista, de achar que, tudo bem, se não vai ter terceira via, também não é por isso que vou me contentar com esse PT que está se apresentando".


O enterro da federação não inviabiliza uma aliança com Lula, tendo o ex-governador de São Paulo como vice. "Já que a gente vai ter o Lula, que seja com um vice como Geraldo Alckmin", afirmou a deputada, afirmando ser necessário "estressar o máximo o programa que eles [petistas] querem colocar na rua".


João Campos e Tabata contaram aos empresários, reunidos pelo grupo Esfera, que participaram com entusiasmo dos esforços para viabilizar um candidato da terceira via, como o apresentador Luciano Huck ou a empresária Luiza Trajano.


Com um discurso mais moderado em relação ao PT, o prefeito de Recife afirmou que "não gostaria de ver o Brasil chegando a essa situação", de ter uma eleição polarizada entre Jair Bolsonaro e Lula. "Mas chega uma hora em que você se dá por derrotado. Haverá Lula e Bolsonaro. E, no nosso caso, vamos ficar com o Lula", disse.


Questionados sobre os votos que deram na reforma da Previdência -ele, contra, e ela, a favor-, Campos afirmou que hoje, depois da experiência como prefeito da capital pernambucana, mudaria alguns posicionamentos.


Tabata foi elogiada. "A turma toda aqui agradece a tua posição", disse o empresário Lírio Parisotto

Leia também: "Não tive diálogo político com Tábata", diz Ana Paula Matos após repercussão de foto

vice-prefeita de Salvador, Ana Paula Matos (PDT), negou que tenha tratado sobre política e possível aliança com a deputada federal Tábata Amaral (PSB-SP), após repercussão de uma foto em que aparecem sentadas em um almoço ao lado do ex-prefeito ACM Neto de Isabela Sousa, líder do Movimento Acredito.

Em conversa com o BNews, Ana disse ter sido convidada para conhecer o Centro Isabela Sousa pela própria fundadora, e ao chegar encontrou Tábata Amaral, foi eleita em 2018 pelo PDT.

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