Política

"Não tive diálogo político com Tábata", diz Ana Paula Matos após repercussão de foto

Vice-prefeita de Salvador, Ana é cotada para sair candidata ao Legislativo esse ano - Vagner Souza/BNews
Vice-prefeita de Salvador, Ana é cotada para sair candidata ao Legislativo esse ano  |   Bnews - Divulgação Vice-prefeita de Salvador, Ana é cotada para sair candidata ao Legislativo esse ano - Vagner Souza/BNews

Publicado em 08/02/2022, às 11h29   Diego Vieira e Luiz Felipe Fernandez


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A vice-prefeita de Salvador, Ana Paula Matos (PDT), negou que tenha tratado sobre política e possível aliança com a deputada federal Tábata Amaral (PSB-SP), após repercussão de uma foto em que aparecem sentadas em um almoço ao lado do ex-prefeito ACM Neto de Isabela Sousa, líder do Movimento Acredito.

Em conversa com o BNews, Ana disse ter sido convidada para conhecer o Centro Isabela Sousa pela própria fundadora, e ao chegar encontrou Tábata Amaral, foi eleita em 2018 pelo PDT.

Segundo a vice-prefeita, que é cotada para sair candidata ao legislativo esse ano, as conversas entre as duas tiveram como foco a educação, uma área que Ana e o próprio PDT, carregam como bandeira.

"Eu não tive diálogo político com Tábata, até porque ela foi do meu partido no passado, e quem fala pelo partido é Félix, no estado, e Carlos Lupi, nacional. Eu não tinha procuração nem autorização para falar sobre política", garante.

"Eu e ela sentamos e ela me perguntou quais estratégias estávamos pensando para a educação, os 'anos perdidos' na linguagem que ela trouxe [...] não tenho como dialogar questões políticas, estava como vice-prefeita militando sobre educação e pelo fato de ser mulher. Eu falei a ela: Tábata, enxergo em você liderança que representa um protagonismo feminino", declarou a pedetista, que recomendou à deputada que visitasse o projeto Subúrbio360, com educação em tempo integral.

"Após o meu discurso, ela me chamou e disse: 'poxa, gostei do seu discurso, o que você pensa?'? Eu, Ana Paula, só discuti educação com Tábata", resumiu.


POLÊMICA

A presença do ex-prefeito ACM Neto na foto com Tábata, Ana Paula e Isabela Sousa, despertou atenção do meio político e causou polêmica, já que a deputada federal pertence ao PSB, partido que integra a base do governo Rui Costa (PT) na Bahia.

Até 2019, Tábata fazia parte do PDT, partido aliado do grupo de Neto e que cobiça uma vaga em sua chapa majoritária na briga pelo governo este ano. Em julho daquele ano, contudo, a deputada foi criticada pelo pré-candidato da sigla à presidência da República, o ex-ministro Ciro Gomes, pelo voto favorável à Reforma da Previdência.

Tábata, que é co-fundadora do Movimento Acredita, foi acusada por Ciro de fazer "militância dupla" ao defender interesses do "partido clandestino" hoje comandado por Isabela Sousa.

A foto incomodou internamente políticos ligados ao PT, que não ficaram agradados com a aproximação.  Do outro lado, Jaques Wagner ensaia um diálogo com o PDT, mas foi cobrado pelo secretário de Saúde de Salvador, Léo Prates, pela falta de espaço do partido nos governos petistas ao longo dos últimos anos.

Após o almoço, Tábata Amaral ainda se reuniu com a deputada federal e ex-prefeita de Salvador, Lídice da Mata, sua colega de PSB.

FIDELIDADE

Com a repercussão da presença de Tábata em Salvador, Lídice utilizou as redes sociais para reiterar o seu apoio à candidatura do senador Jaques Wagner ao Governo da Bahia.

A declaração pode ser encarada como um recado também de que o partido está desassociado do deputado Marcelo Nilo (PSB), que faz um movimento para deixar a legenda e migrar para a base de ACM Neto.

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