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Cheio de superstições, Léo Prates crava data de saída da prefeitura; saiba mais

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Leo Prates poderia sair em abril, mas crava pedido de exoneração da Saúde em 30 de março  |   Bnews - Divulgação Joá Souza / BNews

Publicado em 07/02/2022, às 06h45   Victor Pinto e Luiz Felipe Fernandez


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Prestes a deixar o cargo de secretário da Saúde de Salvador, o deputado estadual licenciado, Leo Prates (PDT), já tem data para retornar à Assembleia Legislativa da Bahia. Ele se afastará da função para concorrer no pleito deste ano. Apesar do mistério, ele pretende disputar uma das 39 cadeiras baianas na Câmara Federal. O prazo cravado pelo político é 30 de março, conforme já comunicado ao prefeito Bruno Reis (DEM).

Prates poderia sair até o início de abril, mas explicou o motivo de não esperar até o quarto mês do ano. “Eu sou supersticioso. O prazo é dois de abril que é domingo, então não vou correr nenhum risco de sair no Diário depois e algum espírito de porco questionar o prazo. O dia 1º de abril é dia da mentira e 31 de março é dia do golpe militar. Então nenhuma das duas datas me agradam. Então eu vou deixar dia 30 de março. Dia 29 é o aniversário da cidade”, disse ao BNews.

“Acho que eu saio com sentimento de dever cumprido, digo com meus erros, meus acertos, minhas qualidades, meus defeitos, eu sempre procurei fazer o melhor. Então, acho que saio muito feliz de ter conseguido ajudar tantas pessoas. Quero me solidarizar com as famílias que perderam entes queridos. Estou à disposição da cidade de Salvador e do meu grupo. Nós iniciamos agora o mês de janeiro os debates para que cargo eu vou disputar. Eu devo anunciar minha decisão do cargo político que eu vou disputar no dia 7 de abril”, completou já em tom de despedia.

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Prates teria deixado o cargo em 2020 quando seria o ungido a vice na chapa de Reis. No auge da pandemia, viu o risco de ser taxado por oportunista ao deixar o cargo em um momento delicado do combate ao coronavírus para concorrer no pleito daquele ano. Decidiu ficar, agarrado também na hipótese do afrouxamento do prazo da desincompatibilização e a queda do número de casos de Covid-19, pois a eleição naquele ano fora prorrogada. Isso não ocorreu. Ana Paula Matos foi alçada ao posto.

A vice-prefeita, inclusive, chegou ser ventilada como possível substituta de Prates na SMS, mas negou qualquer caminho nesse sentido. O subsecretário Décio Martins deve ser o escolhido para o posto

A cadeira de Prates na AL-BA também foi motivo de negociação política do grupo de ACM Neto (DEM) na eleição de Feira de Santana. Foi por seu afastamento, aliada a cassação do deputado Marcell Moraes (PSDB), que Carlos Geilson, antes rompido com o grupo netista, retornou ao ninho tucano e decidiu apoiar Colbert Martins (MDB) à prefeito do segundo maior colégio eleitoral da Bahia. Logo assumiu o mandato tampão de deputado estadual. Será ele quem vai perder o mandato tão logo o futuro ex-secretário da Saúde de Salvador retorne à AL-BA.

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