Política

Jerônimo Rodrigues culpa bolsonarismo por violência nas escolas e se coloca contra instalação de detectores de metais

Foto: Joilson César/BNews
Declarações do governador Jerônimo Rodrigues foram dadas em evento de instalação do Comitê Estadual Intersetorial de Segurança nas Escolas  |   Bnews - Divulgação Foto: Joilson César/BNews

FacebookTwitterWhatsApp

"Não vamos colocar cerca com arame farpado nos muros das escolas, cacos de vidro ou equivalentes. Não nos chamem pra tratar a escoal dessa forma. Temos que ser resistentes". Com essas palavras, o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT) justificou sua posição contra medidas como a instalação de detectores de metais para acesso às escolas e unidades educacionais na Bahia.

As declarações de Jerônimo foram dadas nesta quarta-feira (19), em evento que marcou a instalação do Comitê Estadual Intersetorial de Segurança nas Escolas e nos Espaços Educacionais da Bahia (Cise). O Comitê envolve diversos entes e organizações do poder público e da sociedade civil, para uma atuação colaborativa de políticas de segurança em unidades escolares. Entre os membros do Cise estão secretários de Estado e representantes de órgãos estaduais e das forças da segurança pública da Bahia.

"A chamada homeschooling, da gente esvaziar escola e levar a escola para dentro de casa... não é o momento de pensar nisso. Nós não vamos ilhar a escola como se fosse 'protege a escola e está tudo resolvido' porque nossos filhos, nossos estudantes, vão sair daquela porta daqui a pouco e do lado de fora a sociedade ou uma parte dela está adoecida. Ou a gente faz um tratamento geral da sociedade e precisaremos de uma ação policial, precisamos de uma ação de tratamento psicológico, saúde mental, acolhimento, de amor", disse Jerônimo.

O governador acredita que medidas de acolhimento são mais determinantes para evitar a violência do que ações que, em suas palavras, sitiam as unidades educacionais.

"Queremos fazer um ato de abraço às nossas escolas. O abraçar não significa fazer um círculo ao redor, mas é fazer festivais de poesias, poemas, pedir para alguém contar a história daquela história, de um professor legal, um estudante bacana. (...) A gente ou cantava o hino antes de entrar na sala, ou um gesto de oração, acolhimento, seja quais forem os atos, escolas que recebem com violão, cantando músicas. A gente precisa iniciar uma cultura para que a recepção de professores, estudantes, familiares, seja de acolhimento."

O governador citou o bolsonarismo como responsável pela cultura de violência que invadiu escolas em todo o país. "Algumas igrejas sofreram ameaças, terreiros sofreram ameaças, instituições públicas sofreram ameaças. Não estamos botando na conta do que aconteceu agora como fruto apenas do dia 8 [de janeiro]. É uma réplica do que aconteceu no Brasil. O Estado não está parado, a rede municipal não está parada, as escolas particulares não estão paradas", disse ao mencionar a necessidade de enfrentamento.

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp