Kassab muda o tom após dizer que Lula perderia se eleição fosse hoje

Gilberto Kassab, presidente do PSD e secretário de Governo e Relações Institucionais da gestão de Tarcísio de Freitas (Republicanos) em São Paulo, mudou seu discurso após afirmar, na semana passada, que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não seria reeleito se a eleição presidencial ocorresse hoje.

Na última quinta-feira (6), Kassab adotou um tom mais cauteloso e declarou que o petista "é forte" e "ainda pode reverter o cenário".

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Ainda é muito cedo para afirmar qualquer coisa sobre a eleição. Ele ainda pode reverter o cenário. Ele é forte", disse Kassab ao Estadão durante a Premiação Outliers Infomoney.

O PSD, que ocupa três ministérios no governo Lula (Minas e Energia, Agricultura e Pesca), enfrenta insatisfações internas. Parte dos políticos do partido reclama da dificuldade em indicar aliados para cargos no governo federal, enquanto outra ala resiste a apoiar a gestão petista, segundo reportagem do Globo.

Na semana passada, Kassab havia declarado que, no momento, o PT não estaria na posição de favorito, mas sim de derrotado.

Hoje, a reeleição não é fácil. Em quase 23 anos, desde que Lula foi eleito, o PT nunca havia registrado uma queda de popularidade no Nordeste. Se fosse hoje, ele estaria na campanha, mas não como favorito, e sim como derrotado. No entanto, Lula sempre é um candidato forte", afirmou Kassab durante um painel da Latin America Investment Conference, evento realizado pelo UBS e UBS/BB na quarta-feira, no hotel Grand Hyatt, em São Paulo.

As declarações do presidente do PSD vieram após a divulgação de uma pesquisa Quaest/Genial, que apontou aumento na desaprovação ao governo Lula, impulsionado principalmente pelas regiões Nordeste e Sul.

Segundo o levantamento, a aprovação do governo caiu 8 pontos no Nordeste e 7 pontos no Sul. Atualmente, a taxa de aprovação é de 59% no Nordeste e 39% no Sul. No cenário nacional, a desaprovação chegou a 49%, ante os 47% registrados na pesquisa anterior.