Kleber Rosa solta o verbo contra proposta de reajuste de Jerônimo e fala sobre candidatura em 2024

Candidato ao governo do Estado em 2022 pelo PSOL e apoiador de Jerônimo Rodrigues (PT) no segundo turno das eleições, Kleber Rosa fez duras críticas à proposta de reajuste salarial para os servidores públicos estaduais feita pelo governador e apresentada à Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA) na última semana.

Em entrevista ao BNews na manhã desta quinta-feira (11), pouco antes da chegada do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à Arena Fonte Nova, em Salvador, o psolista, que é policial civil, fez coro a queixas apresentadas por servidores e entidades sindicais sobre o reajuste de linear de 4% proposto pelo governo baiano e reivindicou um aumento que compense a perda salarial dos trabalhadores ocorrida nos últimos oito anos.

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Para nós, a atitude importante por parte do Estado é que a recomposição salarial dos trabalhadores esteja prevista no orçamento, garantindo o resgate da perda nos últimos oito anos, que foi de 53,3%. Hoje a nossa pauta aqui é dizer "'não' à proposta dos 4% de reajuste linear que ele [Jerônimo] propõe, que sequer compensa a inflação do último ano, que beirou os 6%", declarou.

"O que queremos é instalar uma mesa de diálogo com Jerônimo, de maneira que fique pactuado o compromisso dele em fazer a recomposição salarial, garantindo o resgate dos 53,3% e que apresente de imediato um aumento linear que dialogue com isso. Não vamos dizer que queremos 53,3% de uma vez só, em uma canetada, mas é necessário que o que ele apresentar nesse momento garanta a inflação do último período e o início da recomposição das perdas acumuladas", acrescentou.

Apontado como possível candidato do PSOL à prefeitura de Salvador em 2024, em uma disputa interna com a postulante ao Senado na eleição passada, Tâmara Azevedo, Rosa, ao ser questionado se sua candidatura estaria confirmada para o próximo ano, afirmou que, embora tenha colocado seu nome à disposição, ainda não há uma definição concreta devido ao congresso nacional da legenda que deverá ocorrer entre o final de setembro e o início de outubro. 

"Estamos em um processo congressual. Do ponto de vista concreto, só vamos tomar uma posição enquanto partido após ele, depois que se instaurar uma nova direção. No entanto, o que nós temos agora são as movimentações internas que revelam os interesses e as motivações. Eu, publicamente, já externei meu interesse em ser candidato e tenho feito alguns diálogos, mas esse é um debate que irá nesse momento permanecer estático até que o processo congressual passe e nos debrucemos sobre ele de forma mais objetiva", finalizou.