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Lula se contradiz e marca encontros secretos com Arthur Lira

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Para os encontros, Lula tem utilizado uma estratégia semelhado a já usada por Jair Bolsonaro  |   Bnews - Divulgação Divulgação
Daniela Pereira

por Daniela Pereira

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Publicado em 23/08/2023, às 06h38


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Apesar de já ter declarado ser contra reuniões particulares, o presidente Lula (PT) tem realizados encontros secretos com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP) para debater sobre a reforma ministerial.

De acordo com informações da Folha de São Paulo, os encontros tem ocorrido à noite e Lula estaria adotando estratégias semelhantes as usadas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro.

Para despistar a imprensa, Bolsonaro enviava o comboio de carros a determinados locais, sem a presença dele, enquanto seguia para outros sem ser notado. Já Lula tem dispensado os seguranças e adotado a utilização de “carros à paisana” para os encontros com Lira.

O comportamento de Lula contradiz o que ele defende desde que assumiu o mandato como presidente da República. No último dia 13 de julho, ele afirmou que não faria conversas secretas com Lira e classificou como “grave” os encontros feitos às escondidas.

"No momento certo, nós vamos conversar [com Lira e líderes partidários] da forma mais tranquila possível. Eu não quero conversa escondida. Eu não quero conversa secreta", afirmou o presidente em entrevista à TV Record.

"Na hora que voltar o Congresso Nacional, que for juntar os líderes dos partidos que eu vou conversar, toda a imprensa vai ficar sabendo o que que eu conversei com cada um, o que foi ofertado para a participação do governo e o que o governo quer estabelecer de relação com o Congresso até o final do mandato", completou na mesma entrevista.

Em uma dessas reuniões com Lira Lula definiu que a reforma ministerial vai marcar a entrada do Centrão no seu governo

Com as mudanças, Silvio Costa Filho, do Republicanos, vai assumir o Ministério dos Portos e Aeroportos. O André Fufuca, do PP, vai ficar com o Ministério do Desenvolvimento Social (MDS). No entanto, segundo a coluna há possibilidade de que o MDS perca a gestão do Bolsa Família. Já a Caixa será entregue ao PP, da presidência às vice-presidências.

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