Política

Márcio Marinho detona agressão a vereadora Ireuda Silva: “Não podemos aceitar de forma alguma”

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Deputado federal afirmou que Ireuda Silva representa mulheres e negros na Câmara de Salvador  |   Bnews - Divulgação Domingos Junior / BNews

Publicado em 03/07/2023, às 15h23   Eduardo Dias e Lula Bonfim


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O deputado federal Márcio Marinho (Republicanos-BA) saiu em defesa, na tarde desta segunda-feira (3), da vereadora Ireuda Silva (Republicanos), que teria sido ofendida por manifestantes durante uma sessão da Câmara Municipal de Salvador no mês de junho. No entender do parlamentar, a atitude se tratou de discriminação, pelo fato da edil ser uma mulher negra.


“É absurdo o que aconteceu com essa guerreira, que representa muito bem as mulheres e principalmente a população negra da cidade de Salvador e de todo o estado da Bahia. Estava no exercício pleno de seu mandato, na sua decisão, que ela, naquele momento, achou que era a decisão mais coerente e isso tem que ser respeitado. E ela sofre, na verdade, uma discriminação violenta no exercício do seu mandato”, apontou Marinho.


“É isso que hoje está sendo feito aqui na Câmara de Vereadores, por várias mulheres, que, de forma muito tranquila, estão pontuando que no Brasil não há mais espaço para esse tipo de atitude em canto nenhum, seja com a mulher, seja com o negro, seja com o idoso, seja com a criança. Não podemos aceitar de forma alguma”, continuou.


Marinho lamentou que o fato tenha acontecido justamente em Salvador, onde a maior parte da população se considera preta ou parda, se encaixando na condição de negra. Para ele, esse contexto deu ainda mais peso à ofensa, que acabou repercutindo em todo o país.


“Infelizmente, aconteceu em uma cidade em que a população, em sua maioria, é negra e acaba discriminando uma pessoa que chegou, com todo esmero, luta e sacrifício, ao mandato de vereadora para representar a população negra e as mulheres. E, no exercício do seu mandato, sofre uma situação dessas, que chamou a atenção de Salvador, da Bahia e do Brasil. Tanto é que hoje temos aqui representações de vários estados da federação, pontuando que no Brasil nós não aceitamos mais esse tipo de procedimento”, concluiu o deputado.


Ireuda Silva teria sido vítima de agressões verbais racistas e machistas na sessão do plenário da Câmara Municipal no dia 12 de junho, quando a Casa votava um projeto para o reajuste salarial de professores do município.


A situação indignou os vereadores da Casa, que protestaram contra o fato. O presidente da Câmara, vereador Carlos Muniz (PSDB), e as vereadoras Marta Rodrigues (PT) e Laina Crisóstomo (PSOL) repudiaram as ofensas e pediram respeito à colega de legislativo.

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