Política

Medo? Aliados de Bolsonaro tentaram travar votação importante na Câmara após acordo e irritam Arthur Lira

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Votação importante na Câmara aprovou intervenção federal decretada por Lula  |   Bnews - Divulgação Foto: Isac Nóbrega/Arquivo/PR

Publicado em 10/01/2023, às 06h44   Vinícius Dias


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Nenhum parlamentar esperava um início de janeiro tão tenso. Neste período, as duas casas legislativas do Congresso Nacional estão de recesso. Os atos terroristas promovidos por eleitos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no último domingo (8) cortaram a folga, fazendo deputados federais e senadores trabalharem.

Durante a tarde da última segunda-feira (9), o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), costurou um acordo entre as lideranças de governo e oposição na Casa para aprovar o decreto de intervenção federal assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com um consenso entre os pares. Com isso, ficou dispensada a passagem do decreto pelas comissões, agilizando o processo pelo caráter emergencial.

Antigos aliados de Arthur Lira irritaram o presidente da Câmara. Após o acordo, apenas o PL (partido de Bolsonaro) e o Novo (partido do governador de MG, Romeu Zema) liberaram suas bancadas na hora da votação.

Duas bolsonaristas ferozes tiraram Lira do sério: Carla Zambelli (PL) e Bia Kicis (PL), que tentaram atrasar a votação. Zambelli apresentou um requerimento pedindo votação nominal à matéria, e Kicis pediu para que a matéria fosse discutida antes de ser votada.

Após o pedido de Bia Kicis, Lira disse que o posicionamento da deputada estava "ferindo um acordo de unanimidade feito pelos líderes da Casa". A parlamentar aceitou adiantar a votação após um "apelo" feito pelo presidente da Casa.

Com a aprovação na Câmara, a matéria ainda precisa ser votada no Senado. Isso está marcado para acontecer a partir das 11h desta terça-feira (11). A expectativa é de que também seja aprovada por consenso.

A intervenção federal permite que a União assuma atribuições do Distrito Federal na área de segurança pública até 31 de janeiro de 2023.

O texto diz que “o objetivo da intervenção é pôr termo a grave comprometimento da ordem pública no Estado no Distrito Federal, marcada por atos de violência e invasão de prédios públicos”.

O decreto também nomeou o secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Garcia Cappelli, como interventor.

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