Política
Publicado em 09/01/2023, às 19h30 - Atualizado em 10/01/2023, às 00h20 Yuri Abreu
Em entrevista ao programa Fato & Opinião, da BNews TV, desta segunda-feira (9), o procurador-geral da República, Augusto Aras, soltou o verbo contra a colunista da TV Globo, Míriam Leitão.
Tudo começou quando a jornalista, em coluna no jornal O Globo do último domingo (8), mencionou um ofício assinado pelo PGR, de 10 de novembro do ano passado, que acabou com os grupos das procuradorias que atuavam no combate aos atos antidemocráticos.
Segundo ela, ainda no texto, Aras criou uma comissão ligada a ele diretamente, em substituição a todos os grupos que foram criados no Brasil, inclusive da procuradoria do Distrito Federal.
Em resposta, ele esclareceu que a medida foi tomada após observar como funcionavam alguns grupos de trabalho dentro do Ministério Público, que se reuniam para segundo o PGR, para realizar o que chamou de "vazamento seletivo", em clara alfinetada na Operação Lava Jato.
"Essa senhora parece que tem um fetiche comigo, talvez porque eu não tenha atendido às matérias seletivas para ela e à família dela. Essa senhora foi cortada da seletividade que tinha na Operação Lava Jato. E, provavelmente, o jornal dela, ganhou mais dinheiro do que com a novela das 8", disse Aras.
"Essa vingança é algo que eu lamento, mas é a dura realidade. Não tem vazamento seletivo para nenhum meio de imprensa no Brasil. Na nossa gestão, o que existe é o respeito ao devido processo legal", completou.
Após repercussão, a Globo enviou uma nota ao BNews repudiando as declarações do procurador-geral. "É assustador que alguém que ocupa o cargo mais elevado do Ministério Público, guardião maior da lei, ofenda a honra de uma das profissionais mais brilhantes e corretas do jornalismo brasileiro", diz trecho da nota.
Em nota à reportagem, a Associação Nacional de Jornais (ANJ) afirmou que "o caráter ofensivo das manifestações se torna ainda mais grave quando partem de uma autoridade que deveria zelar pela proteção legal à imprensa e, ao mesmo tempo, defender o respeito à atividade de mulheres jornalistas, que têm sido as mais agredidas nos últimos anos no Brasil".
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